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Tribos iraquianas enfrentam o Estado Islâmico em Fallujah

O EI controla a cidade de Fallujah há mais de um ano e os combates contra as tribos são raros


	Soldado iraquiano: confrontos opuseram várias tribos a membros do EI, que impôs restrições religiosas na cidade
 (Safin Hamed / AFP)

Soldado iraquiano: confrontos opuseram várias tribos a membros do EI, que impôs restrições religiosas na cidade (Safin Hamed / AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 11h45.

Combates entre membros de tribos iraquianas e jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) estavam em andamento nesta sexta-feira em Fallujah, reduto desta organização a oeste de Bagdá, anunciaram as autoridades.

O EI controla a cidade de Fallujah há mais de um ano e os combates contra as tribos são raros.

Estes confrontos opuseram várias tribos a membros do EI do ramo Al-Hisba, que impôs restrições religiosas na cidade, disseram as fontes.

Eles refletem as tensões relacionadas com o endurecimento nas condições de vida, devido ao isolamento de Fallujah pelas forças de segurança, indicou à AFP Sayir Issa, responsável pela região de Fallujah.

Um tenente-coronel da polícia explicou por sua vez que os confrontos começaram depois que membros da Al-Hisba acusaram uma mulher em um mercado de falhar em cobrir as mãos.

O xeque Majid al-Juraisi, líder da tribo Al-Juraisat, apresentou os confrontos como uma revolta contra o EI e pediu que as forças do governo ajudem os habitantes a combater os jihadistas.

Segundo ele, as tribos tomaram o controle de algumas áreas da Al-Jolan, no noroeste de Falluja, informação confirmada pelo ministério do Interior.

Este último indicou que os combates foram desencadeados por um confronto entre membros da tribo Al-Juraisat e Al-Hisba, seguido de um tiroteio.

Fallujah, localizada 50 km a oeste de Bagdá, é uma das duas últimas cidades iraquianas sob controle do EI com Mossul (norte).

O grupo jihadista tomou grandes áreas ao norte e oeste da capital iraquiana, mas as forças de segurança repeliram o seu avanço, apoiadas por seus aliados e ataques aéreos da coalizão internacional.

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