Rússia: Ministério de Situações de Emergência da Rússia divulgou imagens de equipes de resgate indo para a mina danificada em uma área nevada (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 20 de março de 2024 às 15h45.
Última atualização em 20 de março de 2024 às 16h24.
As autoridades russas relataram, nesta quarta-feira, 20, a "situação difícil" de 13 mineradores, presos por mais de 48 horas em uma mina de ouro na região de Amur, no Extremo Oriente da Rússia.
Na segunda-feira, ao meio-dia, ocorreu um deslizamento de terra que deixou estes mineradores, especializados em cavar túneis a cerca de 125 metros de profundidade, soterrados. Nesta quarta-feira, cerca de 220 socorristas conseguiram retirar um terço dos escombros, segundo o canal russo Rossia 24.
"O trabalho de resgate continua pelo segundo dia consecutivo (...) A situação ainda é muito complicada", escreveu o governador regional, Vasili Orlov, no Telegram, acrescentando que ainda "não há contato com os mineradores".
O trabalho é complicado devido à chegada "permanente" de águas subterrâneas à mina, disse Orlov, razão pela qual "as operações de bombear água não param por um segundo".
O Ministério de Situações de Emergência da Rússia divulgou imagens de equipes de resgate indo para a mina danificada em uma área nevada, onde as temperaturas chegavam a -20 ºC à noite, segundo os serviços meteorológicos.
O governador regional indicou que um novo grupo de 30 socorristas, "especializados exatamente neste tipo de acidente", chegou nesta quarta-feira vindo de Kuznetsk, outra região mineradora russa.
As imagens também mostravam impressionantes equipamentos de perfuração sendo transportados para o local.
Os trabalhos de perfuração na área onde os mineradores supostamente estão presos começaram nesta quarta-feira, disse Orlov.
Esta etapa "permitirá baixar uma câmara para avaliar a situação e estabelecer linhas de comunicação" com os mineradores, explicou.
"A principal tarefa é salvar as pessoas, e então toda essa situação será objeto de uma análise e investigação minuciosas", sublinhou o representante do Kremlin no Extremo Oriente, em comunicado.