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Treze baleias morrem em santuário na Patagônia

Mariano Sironi, diretor científico do Instituto de Conservação de Baleias, constatou que apesar do número de mortes ser inferior ao registrado em 2021, ainda é preocupante

Baleia morta em Puerto Madryn, norte da Patagônia (AFP/AFP Photo)

Baleia morta em Puerto Madryn, norte da Patagônia (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 19h27.

Última atualização em 4 de outubro de 2022 às 19h44.

Treze exemplares de baleia-franca-austral apareceram mortos no santuário do Golfo Novo e Península de Valdés, Patagônia argentina, por motivos que estão sendo investigados, informou o Instituto de Conservação de Baleias (ICB).

"Os indivíduos foram detectados entre 24 de setembro e 2 de outubro em águas do Golfo Novo", informou o ICB, sem descartar que os animais tenham sido vítima de biotoxinas.

O instituto estimou que "o objetivo mais urgente é realizar a autópsia das baleias e analisar amostras de água e bivalves para determinar a presença de biotoxinas por florações de algas nocivas (comumente chamadas de maré vermelha), uma das hipóteses para a morte das baleias".

A mortandade foi detectada em meio a uma temporada com presença recorde dos cetáceos, um ímã para o turismo. O levantamento anual de foto-identificação na Península de Valdés, de 31 de agosto a 2 de setembro, registrou 1.420 baleias-francas, número máximo de indivíduos observado em 51 anos de estudo, indicou o ICB em seu site.

O diretor científico da entidade, Mariano Sironi, declarou que "embora o número de baleias adultas mortas nesta temporada ainda seja menor que o da temporada passada, é preocupante que as mortes tenham sido registradas em um período de tempo tão curto".

Marcela Uhart, diretora do Programa de Monitoramento Sanitário (PMS), destacou que “os eventos com um número incomum de baleias adultas mortas em um curto período de tempo e na mesma área podem ser indicadores de variáveis ambientais locais que contribuem para a morte das baleias".

O prefeito da vizinha Puerto Pirámides, Fabián Gandón, disse que há "um aumento incomum do que se conhece como maré vermelha nos golfos Novo e San José", no interior da Península de Valdés.

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