Um homem atropelou e matou três pessoas que estariam guardando uma propriedade privada para evitar saqueamentos em Birmingham (Jeff J Mitchell/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 06h31.
São Paulo - Com 16 mil policiais patrulhando as ruas de Londres durante a noite desta terça-feira, a violência na Grã-Bretanha se propagou mais intensamente para as cidades do norte.
Nem mesmo a informação de que a polícia usaria balas de borracha para manter a ordem nas ruas serviu para amainar o ímpeto dos vândalos. Manchester, Birmingham, Gloucester, Liverpool e Salford registraram 117 prisões durante a noite e madrugada desta quarta-feira. Desde o último sábado, mais de 600 pessoas foram detidas por envolvimento nos distúrbios sociais na Grã-Bretanha. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta terça que o governo agirá com firmeza na punição dos envolvidos: "Estamos decididos a fazer justiça e estas pessoas vão sentir as consequências de seus atos".
Em Manchester, cerca de 2 mil jovens enfrentaram as forças policiais na principal rua da cidade e incendiaram carros e propriedades. Em Liverpool, os vândalos atiraram 200 coquetéis molotov contra a polícia, que chegou a pedir à população para evitar circular em determinadas regiões da cidade.
A situação mais aguda, contudo, se deu em Birmingham, onde um homem atropelou e matou três pessoas que estariam guardando uma propriedade privada para evitar saqueamentos. Com essa morte, já são quatro baixas desde o início dos confrontos, no sábado. Um homem de 26 anos morreu nesta terça-feira em consequência de ferimentos de tiros sofridos durante os incidentes violentos no bairro de Croydon, em Londres, informou a Scotland Yard, polícia metropolitana de Londres. A vítima, a primeira morte dos distúrbios que começaram na capital britânica no sábado à noite, foi baleada quando estava dentro de um carro.