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Três dias após terremoto, Peru contabiliza mais de 2,5 mil vítimas

De acordo com as autoridades, foram recolhidas 6,47 toneladas de material destinado à ajuda humanitária, incluindo barracas, que serão distribuídas nas cidades afetadas

O governo do presidente peruano, Ollanta Humala, orienta os moradores a tentar manter a calma e a evitar situações de pânico (Nelson Almeida/AFP)

O governo do presidente peruano, Ollanta Humala, orienta os moradores a tentar manter a calma e a evitar situações de pânico (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 08h17.

Brasília - Três dias depois do terremoto de 6,7 graus na escala Richter no Sul do Peru, o Instituto Nacional de Defesa Civil informou que há 2.575 vítimas. Os tremores ocorreram no último dia 28, por volta das 13h54, na região de Ica. Ontem (30) o governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, solidarizou-se com os peruanos. O ministro das Relações Exteriores do Peru, Rafael Roncagliolo, visita hoje (31) Brasília, pela primeira vez.

De acordo com as autoridades peruanas, foram recolhidas 6,47 toneladas de material destinado à ajuda humanitária, incluindo barracas, que serão distribuídas nas cidades de Ica, Parcona Ocucaje, Salas-Guadalupe, Santiago, San Juan Bautista, San Juan de Los Molinos, Tate e Tinguiña - na província de Ica.

Paralelamente, o governo do presidente peruano, Ollanta Humala, orienta os moradores a tentar manter a calma e a evitar situações de pânico. O país está em alerta em caso de necessidade de evacuação das áreas de risco.

Na visita hoje a Brasília, o chanceler Roncagliolo se reunirá com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Eles vão examinar os principais temas da agenda bilateral, com ênfase na definição de diretrizes para a cooperação em programas sociais e no combate às drogas nas áreas de fronteira.

Patriota e Roncagliolo assinarão acordos de cooperação técnica nas áreas de TV digital, promoção do emprego, combate ao crime organizado, desenvolvimento social e saúde. De 2009 a 2010, o Brasil passou de oitavo para quinto maior investidor direto no Peru, com investimentos de US$ 1,2 bilhão.

Os setores que sobressaem nas relações entre Peru e Brasil são os de mineração, infraestrutura, produção e distribuição de petróleo e gás. Para os próximos cinco anos, somente no setor de mineração, estão previstos mais de US$ 3,5 bilhões em investimentos. O intercâmbio comercial entre Brasil e Peru passou de pouco mais de US$ 700 milhões, em 2003, para quase US$ 3 bilhões, no ano passado – colocando o Brasil como o terceiro maior parceiro do Peru.

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