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Trecho de 50 metros do gasoduto Nord Stream 1 foi destruído em explosões

Um vídeo publicado pelo jornal sueco Expressen mostra um grande buraco no gasoduto, com pedaços de metal destruídos pela explosão

Imagem de 30 de setembro fornecida pela Defesa dinamarquesa de área atingida por explosão no gasoduto de Nord Stream, no Mar Báltico (AFP/Divulgação)

Imagem de 30 de setembro fornecida pela Defesa dinamarquesa de área atingida por explosão no gasoduto de Nord Stream, no Mar Báltico (AFP/Divulgação)

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AFP

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 09h44.

Um trecho de pelo menos 50 metros do gasoduto Nordstream 1 foi destruído após a suposta sabotagem ocorrida no final de setembro no Mar Báltico, segundo as primeiras imagens divulgadas nesta terça-feira (18).

Um vídeo publicado pelo jornal sueco Expressen mostra um grande buraco no gasoduto, com pedaços de metal destruídos pela explosão.

Filmadas na segunda-feira (17) a uma profundidade de cerca de 80 metros, as imagens de um dos quatro pontos de vazamento revelam que mais de 50 metros do gasoduto foram destruídos, segundo o Expressen.

"Somente uma força extrema poderia retorcer um metal tão espesso", explica Trond Larsen, piloto de drones da agência norueguesa Blue Eye Robotics responsável por dirigir o dispositivo submersível que filmou as imagens.

Além disso, ao redor do gasoduto, "é possível ver um grande impacto no fundo do mar", diz o jornal sueco.

Os dois gasodutos, Nord Stream 1 e 2, foram danificados por pelo menos duas explosões nas águas do Mar Báltico que causaram quatro vazamentos.

Depois de produzir grandes liberações de metano, pararam de vazar e o último vazamento não é mais visível na superfície desde sexta-feira, segundo a Guarda Costeira da Suécia.

O quarto vazamento está localizado no nordeste da ilha dinamarquesa de Bornholm, acima do gasoduto Nord Stream 2, informou a Guarda Costeira em comunicado.

Em 6 de outubro, as autoridades suecas anunciaram que haviam realizado uma inspeção submarina no local e coletado "evidências" que confirmavam as suspeitas de uma possível sabotagem, uma hipótese confirmada pela Dinamarca nesta terça-feira.

O Kremlin considera que a investigação dos incidentes está sendo "manipulada" para culpar a Rússia pelas explosões.

"A partir das declarações que ouvimos da Alemanha, França e Dinamarca, esta investigação está sendo orquestrada para responsabilizar a Rússia. É um absurdo", reclamou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta terça-feira.

Moscou acusou os países ocidentais de estarem por trás das explosões. Peskov argumentou que "a Rússia não explodiria seu próprio gasoduto".

"Só podemos lamentar que toda a investigação esteja ocorrendo em um grupo muito, muito pequeno (...) sem a participação da Rússia, que é co-proprietária do gasoduto", lamentou Peskov.

A Rússia abriu sua própria investigação sobre as explosões, embora não tenha a capacidade de investigar o local. Os investigadores russos estão "fazendo seu trabalho", assegurou Peskov.

Alemanha, França e Dinamarca estão realizando investigações em nível nacional e a opção de iniciar investigações internacionais, conforme solicitado pela Rússia, não parece estar na mesa.

Os gasodutos, operados por um consórcio controlado pela gigante russa Gazprom e que vão da Rússia à Alemanha, não estão operacionais devido à guerra na Ucrânia, mas ainda estavam cheios de gás quando ocorreram as explosões.

O uso de tais infraestruturas tem estado no centro das tensões geopolíticas entre Moscou e o Ocidente.

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