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Tratamento deve durar 3 meses, diz oncologista de Lula

Sessões de quimioterapia começam na semana que vem em São Paulo

O presidente Lula no Itamaraty (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente Lula no Itamaraty (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2011 às 12h33.

São Paulo - O tratamento do câncer de laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve durar cerca de três meses. A previsão foi feita por Artur Katz, oncologista do Hospital Sírio Libanês e médico do ex-presidente, em entrevista ao site de VEJA. Segundo o especialista, o tumor é localizado, o que significa que ele não se espalha pelo organismo, e o tratamento começa na semana que vem com sessões de quimioterapia.

O diagnóstico do tumor foi confirmado por exames realizados neste sábado no Sírio Libanês. Lula deve permanecer no hospital até o fim da tarde, para a realização de mais exames, e depois volta para seu apartamento em São Bernardo do Campo. Segundo Katz, Lula demonstrou estar animado e esperançoso com o tratamento.

Fator de risco - De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe. Lula foi fumante por cinco décadas, mas Katz diz que não é possível afirmar que esta foi a causa do tumor. "O risco é maior entre fumantes, mas algumas vezes a doença tem outras causas, como o vírus HPV", disse.

A laringe é um órgão situado entre a traquéia e a base da língua, e o câncer de laringe é um dos que mais comumente atingem a região da cabeça e pescoço – cerca de 25% dos tumores malignos nesta área.

A saúde de Lula lhe rendeu sustos no passado. Em janeiro de 2010, o ex-presidente teve uma crise hipertensiva que o levou a ficar internado por um breve período e a cancelar uma viagem para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Foi nesta época, por conta do desconforto, que Lula tentou mais uma vez abandonar o tabagismo. 

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