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Transição para economia verde pode ser atrasada por crise

É a opinião do secretário-geral da Rio+20, que acredita que conferência pode ficar em segundo plano para líderes de alguns países devido a problemas econômicos internos

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que as eleições em outros países não devem atrapalhar a presença de chefes de estado na Rio +20.  (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que as eleições em outros países não devem atrapalhar a presença de chefes de estado na Rio +20. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 14h59.

Brasília - O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Sha Zukang, disse hoje (9) que a crise internacional pode atrasar a implementação de uma economia verde em alguns países.

“Ainda não conseguimos nos livrar da sombra das crises financeiras. A transição para uma economia verde, principalmente para os países em dificuldade, vai precisar de um compromisso maior, muito forte, e mais ajuda dos desenvolvidos. É uma questão internacional que pode criar, talvez, um atraso na implementação da economia verde”, disse Zukang em entrevista coletiva no Ministério do Meio Ambiente. Ele visita o Brasil para tratar da logística da Rio+20, que será realizada em junho.

Para o secretário-geral, a conferência pode ficar em segundo plano para líderes de alguns países devido a assuntos internos. Ele citou, como exemplo, o período eleitoral nos Estados Unidos. “Em ano de eleições, as grandes figuras políticas estão muito preocupadas com o pleito para tratar de outros assuntos. Mas digo a eles que não se preocupem. Sustentabilidade é uma questão que deve unir oposição e situação. O desenvolvimento sustentável é o futuro que queremos”, comentou.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que as eleições em outros países não devem atrapalhar a presença de chefes de estado na Rio +20. Até o momento, 79 delegações confirmaram presença. Entretanto, o objetivo é que a conferência seja de decisões concretas e não apenas de debate. “Não é uma conferência para carimbar documentos e dizer que aprovamos. Queremos caminhos concretos, de resultados”, destacou.

O secretário ainda comentou a declaração do secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerome Valcke, de que o Brasil precisaria de um “chute no traseiro” para agilizar as obras da Copa de 2014.

“Quando se tem um país que organiza três grandes eventos – Rio +20, Copa do Mundo e Olimpíadas – as críticas são naturais. Não é nada de anormal”, disse lembrando que quando o seu país, a China, sediou as Olimpíadas, recebeu diversas delegações que também criticaram as obras. “É o trabalho deles”, acrescentou.

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