Mundo

Transição não deve ser único foco para a Síria, diz Rússia

Chanceler russo acusou os partidários da oposição de pressionarem por uma "mudança de regime"


	O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "eles na verdade se referiam a uma mudança de regime, porque tudo o que eles queriam era criar um órgão transitório de governo"
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "eles na verdade se referiam a uma mudança de regime, porque tudo o que eles queriam era criar um órgão transitório de governo" (Andrew Harrer/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 08h03.

Moscou - O processo de paz na Síria não deve estar focado unicamente na criação de um órgão de governo provisório, disse o chanceler russo na sexta-feira, acusando os partidários da oposição de pressionarem por uma "mudança de regime".

No último dia da segunda rodada de discussões da Conferência de Genebra, Sergei Lavrov sugeriu que a oposição e os governos árabes e ocidentais que a apoiam estão tentando atrapalhar as negociações.

"Temos a impressão de que, quando aqueles que asseguraram a participação da oposição neste processo estavam pedindo que o diálogo focasse no cumprimento completo do Comunicado de Genebra, eles na verdade se referiam a uma mudança de regime, porque tudo o que eles queriam era criar um órgão transitório de governo", disse Lavrov, referindo-se ao documento resultante da primeira edição da Conferência de Genebra, em 2012.

As declarações indicam que Moscou mantém seu firme apoio ao governo de Bashar al-Assad, que resiste em discutir a instauração de um governo provisório e deseja focar o combate ao "terrorismo" - termo com o qual Assad se refere aos rebeldes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaONURússiaSíria

Mais de Mundo

Grupos armados bloqueiam distribuição de ajuda humanitária em Gaza

Assembleia da França decide sobre acordo UE-Mercosul nesta terça em meio a protestos

Israel se pronuncia sobre acordo de cessar-fogo com o Hezbollah

Presidente do Chile, Gabriel Boric é denunciado por assédio sexual; político nega: 'infundado'