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Transição em Cuba é ilegítima, diz secretário-geral da OEA

Em declaração, Luis Almagro reafirmou que o governo em Havana é uma "ditadura"

Díaz-Canel: para a OEA, a eleição do sucessor de Raúl Castro por parte da Assembleia Nacional "se dá sem a livre expressão do povo cubano" (Alexandre Meneghini/Reuters)

Díaz-Canel: para a OEA, a eleição do sucessor de Raúl Castro por parte da Assembleia Nacional "se dá sem a livre expressão do povo cubano" (Alexandre Meneghini/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de abril de 2018 às 09h53.

Washington - A transição em Cuba, onde nesta quinta-feira Raúl Castro entregou a presidência a Miguel Díaz-Canel, é "ilegítima", declarou o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, reafirmando que o governo em Havana é uma "ditadura".

"A vitória da ditadura sobre a liberdade não se chama revolução. A sucessão presidencial da qual fomos testemunhas é uma tentativa de perpetuação do regime autocrático dinástico-familiar. Se chama ditadura", disse Almagro no comunicado intitulado "Cuba: Uma transição ilegítima".

Segundo Almagro, a eleição de Díaz-Canel por parte da Assembleia Nacional "se dá sem a livre expressão do povo cubano" e "quando se ignora a soberania do povo e se deslegitima o único fundamento da autoridade dos governantes".

Díaz Canel, que faz 58 anos nesta sexta-feira, é um civil comprometido com a continuidade do legado de seus antecessores e em seu primeiro discurso como presidente assegurou que Cuba seguirá sendo "verde-oliva", em um sinal para a ala dura revolucionária de militares históricos.

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