Hassan Rohani, presidente do Irã: apesar de indicativos de uma modernidade, Irã ainda é um dos países que mais aplicam pena de morte (Atta Kenare/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2013 às 16h27.
São Paulo – No início do mês, funcionários do necrotério do Irã perceberam que o condenado por tráfico de drogas não estava morto, ao contrário do que aparentava após seu enforcamento. O juiz da cidade de Bojnurd, no nordeste do país, decidiu que assim que Alireza se recuperar, ele deve ser enforcado novamente. As informações são do jornal britânico The Guardian.
O homem de 37 anos foi condenado à morte por posse de um quilo de metanfetamina. Ele foi enforcado e, depois de doze minutos, os médicos da prisão local o consideraram morto. No dia seguinte, porém, funcionários do necrotério onde seu corpo aguardava sepultamento notaram que o plástico cobrindo seu rosto estava “embaçado”. Alireza ainda estava vivo e foi enviado a um hospital.
Segundo a corte iraniana, o traficante foi condenado à morte e não ao enforcamento e, portanto, a sentença ainda não foi levada a cabo. Ativistas de direitos humanos pedem que ele seja poupado. A lei do Irã pede que as pessoas estejam conscientes e em boa saúde para serem enforcadas, e, segundo a imprensa local, Alireza se recupera aos poucos, mas progressivamente.
Desde que o presidente Hassan Rouhani chegou ao poder no Irã, 125 pessoas foram executadas no país. Rouhani foi eleito com promessas de modernização e marcou história ao se aproximar dos Estados Unidos e dos judeus. Por conta das políticas internas, porém, ele ainda é duramente criticado por defensores de direitos humanos.