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Trabalhadores palestinos sofrem mais com assentamentos

O desemprego é mais alto devido particularmente às sérias dificuldades que enfrentam os palestinos para trabalhar em Israel

A taxa de desemprego nesses territórios árabes no ano passado se situou em 21%, mas foi de 32% para os homens jovens e de 53% para as mulheres jovens (©AFP / Abbas Momani)

A taxa de desemprego nesses territórios árabes no ano passado se situou em 21%, mas foi de 32% para os homens jovens e de 53% para as mulheres jovens (©AFP / Abbas Momani)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 12h18.

Genebra - A expansão das colônias judaicas nos territórios árabes ocupados é uma das principais causas da precariedade sofrida por trabalhadores palestinos, sustenta a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório apresentado nesta segunda-feira.

No documento sobre a evolução da situação laboral nesses territórios durante o último ano, a organização assinala que não existe alternativa ao fim de sua ocupação por parte de Israel caso deseje uma melhora na situação dos trabalhadores palestinos.

"A economia palestina alcançou limites (de deterioração) que não podem ser superados sem uma ação em relação aos dois principais obstáculos que enfrenta: a ocupação e a separação", segundo o relatório divulgado hoje na Conferência Internacional do Trabalho.

Este fórum anual reúne em Genebra autoridades, representantes de patronais e sindicatos da maioria dos 185 países-membros da OIT.

O documento confirma que a situação dos palestinos continua se deteriorando em termos de emprego, o que é uma constante desde a explosão da segunda Intifada, em 2001.

Dez anos depois, o desemprego é mais alto devido particularmente às sérias dificuldades que enfrentam os palestinos para trabalhar em Israel.

A taxa de desemprego nesses territórios árabes no ano passado se situou em 21%, mas foi de 32% para os homens jovens e de 53% para as mulheres jovens.

Estes números são alarmantes quando se considera a particularidade que 71% da população tem menos de 30 anos.

Por outra parte, o responsável da Missão da OIT para os Territórios Palestinos, Kari Tapiola, disse na entrevista coletiva de apresentação do relatório que desde os Acordos de Oslo (1993) o processo de paz nunca tinha estado em um ponto morto como está atualmente.

Considerou que no estado atual do processo político palestino-israelense, a possibilidade de conseguir uma solução negociada que contemple a existência de dois Estados "está seriamente comprometida".

"Há um ano havia expectativa, a Assembleia Geral da ONU tinha reconhecido o Estado palestino e a dinâmica fazia pensar que se passaria a um nível superior, mas isto não ocorreu por uma combinação de intransigência política, incapacidade dos atores externos de ajudar as partes, instabilidade na região e dificuldades para a reconciliação palestina", explicou. 

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