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Trabalhadores decidem até segunda feira se voltam a Santo Antônio

O presidente da CUT, Artur Henrique, disse que uma proposta de acordo que antecipa reajuste de 5 por cento em abril será apresentada aos trabalhadores na segunda

Gilberto Carvalho, o  secretário-geral da Presidência, negocia com os trabalhadores (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Gilberto Carvalho, o secretário-geral da Presidência, negocia com os trabalhadores (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 17h03.

Brasília - Os trabalhadores da obra da usina de Santo Antônio, em Rondônia, irão se reunir sexta ou segunda-feira da próxima semana para definir se voltam ao trabalho e aceitam o acordo negociado nesta quinta, em Brasília, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com a Odebrecht.

Ao sair da conversa, arbitrada pelo ministro da secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o presidente da CUT, Artur Henrique, disse que uma proposta de acordo, desenhada na reunião, será apresentada aos trabalhadores em assembléia.

Segundo o sindicalista, os empresários concordaram em antecipar reajuste de 5 por cento em abril, antes da negociação da data-base, em maio. Além disso, atenderam reivindicações como o pagamento de passagens aéreas para que os trabalhadores de outros estados possam visitar as famílias.

Henrique criticou a multa aplicada pela Justiça do Trabalho que prevê o pagamento, pelo sindicato dos operários de Santo Antônio, de 200 mil reais por dia de paralisação. "É uma decisão que não ajuda em nada a resolver o problema", disse ele, lembrando que a paralisação das obras da usina ocorreram a pedido da própria empresa, depois que os trabalhadores da usina vizinha, Jirau, se rebelarem e atearam fogo nos alojamentos, há cerca de duas semanas.

Henrique disse que ainda nesta quinta-feira haverá, em Rondônia, reunião com a Camargo Corrêa para discutir a situação em Jirau.

Em outra reunião presidida pelo ministro Gilberto Carvalho, empresários e sindicalistas discutiram as condições de trabalho em grandes obras, de maneira geral.

Segundo o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, trabalhadores e empresários do setor da construção civil decidiram eliminar a figura do "gato", espécie de intermediador nas contratações que, segundo Torres, promete aos trabalhadores salários superiores aos que são efetivamente pagos.

Torres denunciou supostos maus tratos a trabalhadores e mostrou fotos de operários que teriam sido agredidos por seguranças na obra da usina hidrelétrica São Domingos (MS).

Projeto da Eletrosul, a usina de São Domingos soma-se à lista, encabeçada por Santo Antônio e Jirau (RO), de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em que há problemas com os trabalhadores.

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