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Torcedores do Al Ahly pedem justiça por massacre

Palavras de ordem contra a polícia e a junta militar que governa o país foram a tônica do protesto em Cairo

O objetivo desta nova manifestação foi exigir que sejam investigadas as responsabilidades do episódio (Ed Giles/Getty Images)

O objetivo desta nova manifestação foi exigir que sejam investigadas as responsabilidades do episódio (Ed Giles/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 18h31.

Cairo - Milhares de egípcios, em sua maioria torcedores do time de futebol Al Ahly, foram às ruas do Cairo nesta quarta-feira para pedir justiça pelo massacre ocorrido há duas semanas no estádio da cidade de Port Said (nordeste do Egito).

Palavras de ordem contra a polícia e a junta militar que governa o país voltaram a ser a tônica do protesto, no qual os participantes exibiram bandeiras do Al Ahly, disseram testemunhas à Agência Efe.

Os manifestantes se concentraram na sede do clube, situada no bairro de Zamalek, e depois seguiram rumo a Corte Suprema de Justiça, no centro da capital egípcia.

A passeata ocorreu sem incidentes graves, mas em um ambiente tenso pelas acusações de que as forças de segurança egípcias provocaram o massacre, que deixou mais de 70 mortos.

O objetivo desta nova manifestação foi exigir que sejam investigadas as responsabilidades do episódio, o mais grave da história do futebol egípcio.

Torcedores radicais do Al Ahly entoaram cânticos como 'Justiça para os culpados do massacre de Port Said' e 'Nós morreremos ou conseguiremos justiça para os mártires de Port Said' em frente à sede da Corte Suprema, e lançaram alguns foguetes.

O massacre de Port Said aconteceu no dia 1º de fevereiro durante uma partida entre o time anfitrião Al Masry e o Al Ahly que terminou em uma batalha campal entre torcedores de ambas equipes perante a passividade das forças de segurança.

Após o incidente, pelo menos 13 pessoas morreram em cinco dias de confrontos entre manifestantes e policiais nos arredores do Ministério do Interior, próximo à praça Tahrir. 

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