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Tóquio tentará explicar razões de visita de Abe a santuário

Governo do Japão anunciou que explicará a outros países as razões que levaram o primeiro-ministro, Shinzo Abe, a visitar ontem o polêmico santuário de Ysukuni


	O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe: surpreendente visita de Abe ao polêmico santuário de Yasukuni gerou duras críticas de países vizinhos
 (REUTERS/Issei Kato)

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe: surpreendente visita de Abe ao polêmico santuário de Yasukuni gerou duras críticas de países vizinhos (REUTERS/Issei Kato)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 09h14.

Tóquio - O governo do Japão anunciou nesta sexta-feira que explicará a outros países de maneira "cortês" e "em detalhe" as razões que levaram o primeiro-ministro, Shinzo Abe, a visitar ontem o polêmico santuário de Ysukuni, em Tóquio, símbolo do imperialismo militar do país asiático.

"Nossa percepção da história e a postura diplomática continua sendo igual durante o governo de Abe, e o primeiro-ministro explicará a outros países do que se trata de uma maneira sincera e cortês", disse hoje o ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga.

A surpreendente visita de Abe ao polêmico santuário de Yasukuni, que homenageia milhões de mortos durante conflitos armados, entre eles 14 notórios criminosos da Segunda Guerra Mundial, gerou duras críticas de países vizinhos como China e Coreia do Sul, além de mal-estar nos Estados Unidos.

"As relações bilaterais entre Japão e Estados Unidos se baseiam no conseguido até o dia de hoje. Nesse sentido, se o primeiro-ministro explica o propósito de sua visita em detalhe, tenho certeza que vão entender", disse Suga após Washington classificar o gesto de Abe como "decepcionante".

Após sua visita, a primeira de um premiê do Japão ao santuário desde 2006, Abe considerou que era "um mal-entendido" pensar que comparecer ao local é venerar criminosos de guerra e acrescentou que simplesmente orou pelo "descanso daqueles que perderam sua preciosa vida pelo Japão na guerra".

O polêmico gesto também provocou críticas praticamente unânimes da imprensa japonesa, que hoje rotulou em seus editoriais a visita como um "erro de cálculo" com "repercussões incalculáveis para a política externa".

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