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Tóquio e Seul trocarão informações sobre Coreia do Norte

Os contínuos testes de mísseis balísticos e detonações nucleares fizeram com que ambas as partes retomassem a negociação do tratado

Kim Jong-un: os dois governos querem assinar o acordo antes do fim de novembro (AFP)

Kim Jong-un: os dois governos querem assinar o acordo antes do fim de novembro (AFP)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 11h11.

Tóquio - Japão e Coreia do Sul chegaram a um entendimento nesta segunda-feira em Tóquio para assinar um tratado para compartilhar informações sobre os movimentos militares da Coreia do Norte devido ao aumento de testes armamentísticos feitos pelo regime de Kim Jong-un nos últimos meses.

Os dois governos querem assinar o acordo, chamado de Pacto Geral de Segurança sobre Informação Militar (GSOMIA, sigla em inglês), antes do fim de novembro, assim que forem cumpridos todos os trâmites para sua ratificação, afirmou uma fonte do Executivo japonês à agência "Kyodo".

Tóquio e Seul já haviam estipulado o GSOMIA há quase cinco anos, mas a assinatura do acordo acabou sendo cancelada na última hora em 2012 devido à controvérsia que foi gerada na época na Coreia do Sul pelo primeiro pacto em matéria de defesa com o Japão, país que exerceu um domínio colonial sobre a península coreana entre 1910 e 1945.

No entanto, os contínuos testes de mísseis balísticos, assim como as duas detonações nucleares subterrâneas realizadas pelo regime de Kim Jong-un este ano fizeram com que ambas as partes retomassem a negociação do tratado.

Paradoxalmente, em 2014, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para compartilhar dados sigilosos sobre os programas de armas do regime norte-coreano.

Esse acordo permite que Tóquio e Seul, atualmente, possam trocar inteligência militar através do Pentágono, mas não de maneira bilateral direta.

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