Posto de controle em Bagdá, Iraque (Ahmad al-Rubaye/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 18h54.
Bagdá suspendeu o toque de recolher noturno na cidade, após anos em vigência, em uma tentativa do primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, de aliviar as restrições da vida cotidiana.
Nos últimos tempos, a medida entrava em vigor à meia-noite e seguia até as cinco da manhã, limitando os deslocamentos da população à noite, como parte da política de contenção da violência na capital.
Em vigor após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003, o toque de recolher pouco contribuiu para conter os letais atentados em Bagdá, cometidos durante o dia para causar, justamente, o maior número de vítimas.
Bagdá parece estar a salvo de uma ofensiva dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), que se apoderaram de extensas zonas do território iraquiano, mas costuma ser palco de atentados, sobretudo, contra a comunidade xiita e as forças de segurança.
Neste sábado, os atentados deixaram pelo menos 32 mortos e mais de 70 feridos na capital.
A ofensiva mais sangrenta foi contra um restaurante do bairro Bagdad al Jadida (leste), por volta das 11h (6h no horário de Brasília). Um suicida detonou o cinturão de explosivos que carregava, deixando ao menos 23 mortos e mais de 40 feridos.
Outro ataque deixou nove mortos e 28 feridos, em um centro comercial no coração de Bagdá.
As cafeterias e restaurantes, que poderão permanecer abertos após a meia-noite, esperam uma atividade maior, graças ao fim do toque de recolher, mas o ataque deste sábado tomou como alvo, simbolicamente, um desses estabelecimentos.