Mundo

Tony Blair defende combater EI com tropas em terra

O chefe do Executivo britânico entre 1997 e 2007 defendeu o estabelecimento de uma "força internacional de intervenção em terra"


	O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair: "Os ataques aéreos não são suficientes, é preciso combatê-los também no terreno"
 (Chris Jackson, Chris Jackson/AFP)

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair: "Os ataques aéreos não são suficientes, é preciso combatê-los também no terreno" (Chris Jackson, Chris Jackson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 07h45.

Paris - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, previu nesta terça-feira que haverá uma "longa guerra" contra o Estado Islâmico (EI), na qual acredita que será preciso enviar tropas ocidentais no terreno porque os bombardeios aéreos não bastarão para derrotar essa organização terrorista.

"Se queremos eliminar o Estado Islâmico, é preciso encontrar todos os meios. Os ataques aéreos não são suficientes, é preciso combatê-los também no terreno", disse Blair, que foi enviado especial do Quarteto do Processo de Paz para o Oriente Médio entre 2007 e 2015, à emissora francesa "Europe 1".

O chefe do Executivo britânico entre 1997 e 2007 defendeu o estabelecimento de uma "força internacional de intervenção em terra", da qual também participariam países de confissão muçulmana.

"Temos aliados dentro do islã que agora sabem que também é seu problema, não nosso problema. É possível formar uma aliança", acrescentou o político trabalhista.

No plano militar, Blair vaticinou "uma guerra longa e assimétrica, e não há nenhuma dúvida de que a frente militar será tão importante como a intelectual.

"É preciso combater a ideologia. Os jihadistas são poucos, mas os seguidores dessa ideologia são muitos", ressaltou Blair, que indicou que sem uma solução ao conflito na Síria não poderá haver fim à "crise dos refugiados".

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEuropaExércitoPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Biden deve ir à posse de Donald Trump nesta segunda-feira?

União Europeia deve traçar 'linhas vermelhas' nas relações com Trump, diz ministro francês

Mais de 200 caminhões de ajuda chegam do Egito no segundo dia de trégua em Gaza

Biden encerra mandato como presidente que concedeu mais perdões da história dos EUA