Aparelho submarino utilizado no resgate das vítimas do voo da Air France (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2011 às 20h50.
São Paulo - A polícia militar francesa anunciou nesta sexta-feira, em Paris, que vai aumentar os esforços para resgatar todos os corpos das vítimas do voo AF 447, acidentado no oceano Atlântico em 2009, com 228 pessoas a bordo. O ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, confirmou que todos os corpos encontrados nesta nova fase de resgate serão retirados do oceano. Segundo Jobim, o Brasil está acompanhando de perto a operação.
A opção por trazer os passageiros e tripulantes à superfície foi tomada depois que um segundo corpo de vítima do acidente com o voo Rio-Paris da Air France foi resgatado. A operação inédita, destinada a recuperar os corpos das vítimas, foi iniciada na quarta-feira.
"Após a retirada de um corpo ontem, quinta-feira, os restos de uma outra vítima do voo AF447 foram levados ao navio encarregado das operações, na manhã desta sexta-feira", disseram as fontes militares, por meio de um comunicado. "Os especialistas do Instituto de Pesquisa Criminal Militar (IRCGN), presentes a bordo, estudam se será possível determinar a identificação do corpo pelos testes de DNA".
Se os resultados dos exames de DNA forem positivos, a tendência é que o número de policiais que trabalham na operação também aumente. Jobim afirmou que a investigação das causas da tragédia cabe ao governo francês, mas todos os países envolvidos estão a par das novidades.
Os dois registradores de voo (caixas-pretas) do Airbus A330 da Air France, cruciais para determinar as causas desta tragédia, foram retirados do fundo do oceano no domingo e na segunda-feira. Os destroços do aparelho foram localizados, no início de abril, a 3.900 metros de profundidade.
O avião transportava, além da tripulação da Air France, 216 passageiros de 32 nacionalidades, entre eles 73 franceses, 58 brasileiros e 26 alemães.