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Todos os alunos da Libéria são reprovados no vestibular

Nenhum dos 25 mil que tentaram admissão na Universidade da Libéria conseguiu entrar; país ainda se recupera de uma guerra civil


	Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria: a educação no país "é uma bagunça", diz a vencedora do Nobel da Paz
 (Jim Watson/AFP)

Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria: a educação no país "é uma bagunça", diz a vencedora do Nobel da Paz (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 11h14.

São Paulo – Foram quase 25 mil candidatos prestando os testes de admissão para a Universidade da Libéria, uma das duas universidades controladas pelo Estado da Libéria, na África. Nenhum deles foi considerado qualificado o suficiente para entrar, segundo informações da BBC.

A Libéria passou por duas guerras civis depois que militares tomaram o poder em um golpe em 1980. Foram cerca de 250 mil mortos no conflito que arrasou a economia do país até que um acordo de paz foi alcançado em 2003. Dois anos depois, aconteceram as primeiras eleições democráticas em duas décadas. 

O sistema educacional do país ainda não se recuperou, e a própria presidente, Ellen Johnson-Sirleaf, já disse que a educação na Libéria “é uma bagunça”. Ainda assim, o fato de nenhum aluno ter passado nas provas impressiona.

Foi a primeira vez que todos os alunos “bombaram” nas provas, que têm um custo de inscrição de quase 60 reais (25 dólares).

Segundo a BBC, a ministra da Educação, Etmonia David-Tarpeh, comparou o fato a um “assassinato em massa” e disse que vai se encontrar com os membros da universidade para discutir as provas, critérios e sistemas de correção. “Eu sei que há muitos pontos fracos nas escolas, mas para um grupo inteiro de pessoas fazer o teste e todas elas falharem, eu tenho minhas dúvidas quanto a isso”, disse a ministra.

De acordo com um representante da universidade, em entrevista ao programa britânico “Foco na África”, os aplicantes não sabiam conceitos básicos de inglês e a culpa é do governo: “a guerra acabou há dez anos. Nós temos que colocar isso no passado e temos de nos tornar realistas”, disse. A universidade vai manter sua decisão e não será influenciada por “questões emocionais” no caso, segundo o representante.

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