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Todas as opções estão na mesa, diz Pompeo sobre intervenção na Venezuela

Perguntado sobre a possibilidade de uma intervenção militar, o secretário de Estado dos EUA afirmou que fará o necessário para a "democracia prevalecer"

Pompeo: "Os dias de Maduro estão contados", acrescentou o secretário de Estado (Andrew Caballero-Reynolds/Reuters)

Pompeo: "Os dias de Maduro estão contados", acrescentou o secretário de Estado (Andrew Caballero-Reynolds/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 15h11.

Washington — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo (24) que "os dias de (o presidente venezuelano, Nicolás) Maduro estão contados", lembrou que "todas as opções estão sobre a mesa" para restaurar a democracia na Venezuela e ressaltou que seu país "tomará medidas" após o "trágico" dia de ontem.

"Todas as opções estão sobre a mesa. Vamos fazer as coisas que são necessárias para garantir que a democracia se imponha e que haja um futuro mais brilhante para o povo da Venezuela", afirmou Pompeo em entrevista com a emissora de televisão "Fox", ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma intervenção militar americana.

"Os dias de Maduro estão contados", acrescentou o secretário de Estado, após chamar o líder venezuelano de "tirano".

Pompeo também disse que ontem foi um "dia trágico" para a Venezuela ao comentar a tensão no país e os confrontos entre opositores e forças governamentais nas fronteiras com a Colômbia e com o Brasil.

"Vamos tomar medidas. Há mais sanções que podem ser aplicadas, mais assistência humanitária que acredito que podemos oferecer", disse o chefe da diplomacia americana, sem dar mais detalhes, em outra entrevista com canal "CNN".

Neste sentido, Pompeo lembrou que o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, participará amanhã da reunião do Grupo de Lima que será realizada em Bogotá, na qual o governo americano insistirá no apoio a Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

Maduro impediu ontem a entrada na Venezuela da ajuda humanitária solicitada por Guaidó, chefe do Parlamento venezuelano e que se autoproclamou em presidente desse país janeiro, tendo sido reconhecido por vários países, entre eles Brasil, Colômbia e Estados Unidos.

Nas fronteiras com o Brasil e com a Colômbia, a polícia da Venezuela impediu que grupos de venezuelanos fizessem um cordão humanitário com objeto de facilitar a entrada da ajuda humanitária internacional levada por caminhões.

Na fronteira com a Colômbia calcula-se que houve mais de 200 feridos, enquanto a oposição venezuelana fala em quatro mortos e mais de 20 feridos de bala na cidade de Santa Elena de Uairén, no estado Bolívar, que faz fronteira com o Brasil.

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