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Tiroteio em sinagoga nos EUA deixa pelo menos 8 mortos

A polícia deteve o autor e Israel classificou o tiroteio como um “ataque antissemita horrível”

Tiroteio em sinagoga: Três policiais foram baleados e um foi ferido por estilhaços (John Altdorfer/Reuters)

Tiroteio em sinagoga: Três policiais foram baleados e um foi ferido por estilhaços (John Altdorfer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 16h23.

Última atualização em 27 de outubro de 2018 às 16h31.

Um homem armado gritando: "Todos os judeus devem morrer" invadiu uma sinagoga em Pittsburgh durante os cultos deste sábado e atirou em fiéis, matando pelo menos oito pessoas e ferindo seis, incluindo quatro policiais antes de ser preso.

"É uma cena de crime muito horrível, uma das piores que eu já vi", disse o diretor de segurança pública de Pittsburgh, Wendell Hissrich, em uma coletiva de imprensa perto do local.

"Isso se enquadra no crime de ódio", disse ele, acrescentando que não há ameaça ativa para a comunidade e que o atirador foi levado a um hospital.

Três policiais foram baleados e um foi ferido por estilhaços, informou a porta-voz da Comarca de Alleghany, Amie Downs. Dois dos seis feridos estavam em estado grave, disse Downs, sem detalhar se a contagem de feridos inclui o suspeito.

O Federal Bureau of Investigation (FBI) vai liderar a investigação sobre o ataque.

Duas fontes identificaram o suspeito como Robert Bowers, um homem de Pittsburgh, de 46 anos.

Um post de mídia social de Bowers disse que uma organização de refugiados judeus, a Sociedade de Ajuda ao Imigrante Hebreu, "gosta de trazer invasores que matam nosso povo. Eu não posso sentar e ver meu povo ser morto."

O tiroteio, no qual um policial federal disse que Bowers usou um rifle AR-15, acionou alertas de segurança em casas de culto em todo o país.

A polícia cercou a sinagoga da Árvore da Vida, no bairro de Squirrel Hill, área fortemente judaica. A sinagoga estava realizando um serviço religioso do Shabat.

A polícia normalmente só está presente na sinagoga para segurança nos feriados, disse Michael Eisenberg, ex-presidente da sinagoga, à KDKA.

"Em um dia como hoje, a porta está aberta, é um serviço religioso, você pode entrar e sair", disse ele.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse estar com o coração partido, descrevendo o ataque como "horrenda brutalidade antissemita".

Na hora do tiroteio, três congregações que somavam mais de 100 pessoas estavam usando o prédio, disse Eisenberg. A maioria dos fiéis era de pessoas mais velhas, de acordo com um ex-rabino entrevistado pela mídia local.

Logo após os relatos do tiroteio, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse em um tuíte que estava acompanhando o que descreveu como uma situação "devastadora".

 

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