O porta-voz do Ministério da Defesa, Belhassen Oueslati, participa de uma entrevista coletiva em Túnis, Tunísia (FETHI BELAID/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 21h08.
Túnis - Um soldado tunisiano matou nesta segunda-feira sete de seus companheiros antes de ser morto em um quartel de Túnis, indicou o ministério da Defesa, que explicou que o militar tinha problemas psicológicos e familiares.
O tiroteio "provocou a morte de sete militares e a do autor, dez militares ficaram feridos, um deles gravemente", disse o porta-voz do ministério da Defesa, Belhassen Oueslati, em uma coletiva de imprensa.
"Atacou um colega com uma faca, tomando a arma dele, e depois atirou contra seus colegas que estavam formados para içar a bandeira", disse Oueslati.
"Tinha problemas familiares e psicológicos" e por esta razão foi proibido de portar armas, também sendo direcionado a "um posto não sensível", disse Oueslati, que evocou um ato isolado.
Anteriormente, o ministério do Interior havia excluído que se tratasse de um atentado jihadista.
"O incidente que ocorreu no quartel de Bouchoucha não está ligado a uma operação terrorista", disse à AFP o porta-voz do ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui.
Por sua vez, Oueslati foi menos categórico ao afirmar que "as investigações mostrarão se trata-se de um ato terrorista ou não".
Por volta das 08h45 (04h45 de Brasília), uma jornalista da AFP ouviu duas rajadas perto do quartel de Bouchoucha, não muito longe do Parlamento e do museu do Bardo, onde em meados de março 21 turistas foram assassinados durante um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.
A Brigada Antiterrorista (BAT), uma unidade de elite do ministério do Interior, foi mobilizada na zona, constatou um fotógrafo da AFP.