Flórida: o suposto autor dos disparos é um dos três mortos (Patrick Nichols/Reuters)
AFP
Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 12h34.
Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 17h35.
O agressor e três outras pessoas morreram nesta sexta-feira (6), em um tiroteio na base aeronaval de Pensacola, no noroeste da Flórida - informaram autoridades americanas, que descreveram o episódio "como a cena de um filme".
"Neste momento temos quatro mortos", declarou em coletiva de imprensa o xerife do condado de Escambia, David Morgan.
Oito pessoas foram levadas para hospitais da região. Quatro morreram, incluindo o agressor. Outras três pessoas receberam atendimento médico no local. O ataque ocorreu às 6h30 (9h30 no horário de Brasília).
"Caminhar pelo local do crime foi como estar na cena de um filme", descreveu o xerife. "A gente nunca espera que isso aconteça na nossa casa (...), mas aconteceu".
O atirador foi controlado por dois policiais locais, que ficaram feridos, mas devem se recuperar. O acesso à base continua bloqueado e uma investigação está sendo conduzida. "É um dia trágico para a cidade de Pensacola", disse o prefeito Grover Robinson. O presidente americano, Donald Trump, foi informado sobre o tiroteio, segundo a Casa Branca.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, confirmou que o atirador era um integrante da Força Aérea da Arábia Saudita. Sem identificá-lo, DeSantis confirmou a nacionalidade do autor dos disparos, morto pela polícia após o ataque, e explicou que ele estava participando de um treinamento na base naval de Pensacola.
O tiroteio ocorre um dia depois que duas pessoas morreram e uma terceira ficou ferida na base de Pearl Harbor, no Havaí. Elas foram mortas por um marine que abriu fogo e depois cometeu suicídio com um tiro na cabeça.
As duas vítimas fatais eram funcionários civis do Departamento da Defesa, do mesmo modo que o ferido, que está internado em condição estável. A base é a sede da Frota do Pacífico e também abriga elementos da Força Aérea americana.
Este episódio foi registrado três dias antes do 78º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor, no qual morreram 2.403 militares americanos em 1941. O incidente provocou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Em 2016, o Pentágono flexibilizou as regras sobre o porte de armas de fogo pelas tropas em instalações do governo, em resposta a uma série de ataques fatais contra militares. Militares em determinadas funções podem portar armas, mas, com as novas regras, os comandantes podem autorizar o transporte de armas de propriedade privada.