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Tillerson promete proteção a refugiados e mais pressão contra EI

O secretário de Estado disse nesta quarta-feira que seu país irá criar "zonas provisórias de estabilidade" para ajudar refugiados a voltarem a seus lares

Tillerson: "Os Estados Unidos irão aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico e a Al Qaeda e trabalhar para estabelecer zonas provisórias de estabilidade, por meio de tréguas, para permitir que refugiados voltem para casa" (Joshua Roberts/Reuters)

Tillerson: "Os Estados Unidos irão aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico e a Al Qaeda e trabalhar para estabelecer zonas provisórias de estabilidade, por meio de tréguas, para permitir que refugiados voltem para casa" (Joshua Roberts/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de março de 2017 às 20h28.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta quarta-feira que seu país irá criar "zonas provisórias de estabilidade" para ajudar refugiados a voltarem a seus lares na próxima fase da luta contra o Estado Islâmico e a Al Qaeda.

O diplomata mais graduado dos EUA não esclareceu onde estas zonas serão estabelecidas. Ele discursava a uma reunião de 68 países reunidos em Washington para debater como derrotar o grupo extremista no Iraque e na Síria.

"Os Estados Unidos irão aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico e a Al Qaeda e trabalhar para estabelecer zonas provisórias de estabilidade, por meio de tréguas, para permitir que refugiados voltem para casa", disse Tillerson na reunião realizada no Departamento de Estado, no primeiro grande evento diplomático presidido pelo ex-executivo do setor petroleiro.

Embora não esteja claro como as zonas irão funcionar, criar qualquer santuário pode intensificar o envolvimento militar norte-americano na Síria e assinalar um grande rompimento com a abordagem mais cautelosa do ex-presidente Barack Obama.

Indagado sobre os comentários de Tillerson, o coronel Joe Scrocca respondeu que os militares de seu país ainda não receberam qualquer orientação para estabelecer qualquer tipo de "zonas".

Será preciso um poderio aéreo maior dos EUA ou de aliados caso o presidente Donald Trump decida impor zonas de restrição aérea, e forças terrestres também poderiam ser necessárias para proteger civis nestas áreas.

O Estado Islâmico vem perdendo terreno tanto no Iraque quanto na Síria, e três forças separadas, apoiadas por EUA, Turquia e Rússia, estão avançando sobre o bastião sírio da facção em Raqqa.

O plano preliminar sugerido pelo Pentágono para vencer o Estado Islâmico foi apresentado à Casa Branca no mês passado, e pode levar ao relaxamento de algumas das restrições impostas por políticas do ex-governo Obama, como limites ao número de tropas.

Autoridades de Defesa norte-americanas disseram nesta quarta-feira que a coalizão liderada por Washington transportou forças rebeldes sírias de avião durante uma operação realizada perto da cidade de Tabqa, na província de Raqqa.

"Reconheço que existem muitos desafios prementes no Oriente Médio, mas derrotar o Estado Islâmico é o objetivo número um dos Estados Unidos na região", afirmou Tillerson, acrescentando que vitórias militares recentes em solo sírio e iraquiano criaram um ímpeto favorável para a coalizão.

"Como coalizão, não estamos no negócio de construir ou reconstruir nações", disse, acrescentando que os recursos deveriam se concentrar na prevenção do ressurgimento do Estado Islâmico e no fornecimento de equipamentos para que as comunidades assoladas pela guerra se reergam.

Tillerson pediu aos parceiros da coalizão que cumpram seus compromissos financeiros para ajudar a ocupar e reconstruir áreas das quais os combatentes radicais foram expulsos.

A coalizão espera arrecadar cerca de 2 bilhões de dólares para assistência humanitária, estabilização e retirada de minas no Iraque e na Síria para 2017.

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