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Tillerson: "China não foi confiável para conter Coreia do Norte"

O nomeado de Trump para dirigir a diplomacia americana afirmou que é preciso "reconhecer realidades sobre China"

Tillerson: "A China mostrou disposição em atuar com negligência na busca de seus próprios objetivos, que às vezes entraram em conflito com os interesses dos EUA" (Kevin Lamarque/Reuters)

Tillerson: "A China mostrou disposição em atuar com negligência na busca de seus próprios objetivos, que às vezes entraram em conflito com os interesses dos EUA" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 16h01.

Washington - O empresário Rex Tillerson, nomeado por Donald Trump para ser secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira que China "não foi um parceiro confiável" para lidar com a ameaça nuclear da Coreia do Norte.

"Não foi um parceiro confiável para usar toda sua influência para conter a Coreia do Norte", afirmou Tillerson em sua audiência de confirmação no Senado americano.

"A China mostrou disposição em atuar com negligência na busca de seus próprios objetivos, que às vezes entraram em conflito com os interesses dos Estados Unidos. Temos que lidar com o que vemos, não com o que esperamos", ressaltou o ex-chefe da companhia petrolífera Exxonmobil.

O nomeado de Trump para dirigir a diplomacia americana afirmou que é preciso "reconhecer realidades sobre China".

Nesse sentido, Tillerson indicou que a construção de ilhas artificiais em águas do Mar do Sul da China por Pequim "é uma tomada ilegal de áreas disputadas sem consideração pelas normas internacionais".

O empresário também ressaltou que "as práticas econômicas e comerciais da China nem sempre seguiram seus compromissos com acordos internacionais".

Apesar das críticas, Tillerson afirmou que os Estados Unidos "precisam notar as dimensões positivas" de sua relação com o gigante asiático, pois o "bem-estar econômico" de ambos os países está "profundamente entrelaçado".

"Não deveríamos permitir que os desacordos sobre outros assuntos excluam áreas de colaboração produtiva", acrescentou.

Desde o dia em que lançou sua campanha eleitoral, em 16 de junho de 2015, Trump vem defendendo políticas protecionistas para prejudicar as importações americanas da China e de outros países a fim de gerar empregos nos Estados Unidos.

Além disso, Trump ouviu críticas do governo de Pequim em dezembro, quando conversou por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que o ligou para dar os parabéns pela vitória nas eleições presidenciais.

O contato rompeu quase quatro décadas de sensível política externa dos EUA em relação à China, que não reconhece Taiwan como país, e obrigou a Casa Branca a se manifestar para lembrar que o único governo chinês que Washington reconhece desde 1979 é o de Pequim.

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