Mundo

Tigresa de zoológico em Nova York testa positivo para o coronavírus

Em março, um gato foi infectado com o coronavírus na Bélgica, depois de casos similares em Hong Kong, onde dois cães testaram positivo para a COVID-19

Trige da Malásia no zoológico do Bronx: os quatro zoológicos e o aquário de Nova York estão fechados desde 16 de março (Andrew Lichtenstein/Corbis/Getty Images)

Trige da Malásia no zoológico do Bronx: os quatro zoológicos e o aquário de Nova York estão fechados desde 16 de março (Andrew Lichtenstein/Corbis/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 6 de abril de 2020 às 06h26.

Última atualização em 6 de abril de 2020 às 15h51.

Uma tigresa do zoológico do Bronx, em Nova York, testou positivo para a COVID-19, informou a instituição neste domingo (5), e acredita-se que o animal tenha contraído o vírus de um tratador assintomático.

A tigresa-malaia Nádia, de quatro anos, e sua irmã, Azul, assim como dois tigres-siberianos e três leões africanos começaram a apresentar tosse seca. Espera-se que se recuperem totalmente, informou, em um comunicado, a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, que administra os zoológicos da cidade.

"Nós testamos o felino por precaução e vamos nos assegurar de que qualquer conhecimento que obtivermos sobre a COVID-19 vá ajudar no entendimento contínuo mundial sobre este novo coronavírus", acrescentou o comunicado enviado à AFP.

"Embora tenham tido redução de apetite, os felinos no zoológico do Bronx estão bem, sob cuidados veterinários, e estão alegres, alertas, e interagem com seus tratadores", continuou o texto.

"Desconhece-se como esta doença vai se desenvolver em grandes felinos, uma vez que espécies diferentes podem reagir de forma diferente a novas infecções, mas continuaremos a monitorá-los de perto", concluiu.

Os quatro zoológicos e o aquário de Nova York - onde a COVID-19 matou mais de quatro mil pessoas - estão fechados desde 16 de março.

O zoo enfatizou que "não há evidências de que os animais tenham um papel na transmissão da COVID-19 para as pessoas para além do evento inicial no mercado de Wuhan e nenhuma evidência de que qualquer pessoa tenha se infectado por COVID-19 nos Estados Unidos através de animais, incluindo cães e gatos e estimação".

Autoridades de controle de doenças chinesas identificaram em animais selvagens vendidos em um mercado de Wuhan a origem da pandemia do novo coronavírus que infectou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.

Segundo o site do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, não há "informes de animais de estimação ou outros" nos Estados Unidos que tenham adoecido com o coronavírus antes da notícia sobre a tigresa Nádia.

"Ainda se recomenda que pessoas doentes por COVID-19 limitem o contato com animais até que se tenha mais informações sobre o vírus", diz o site do departamento.

Em março passado, um gato de estimação foi infectado com o novo coronavírus na Bélgica, depois de casos similares reportados em Hong Kong, onde dois cães testaram positivo para a COVID-19.

Acredita-se que todos estes animais tenham contraído o novo coronavírus de pessoas com as quais vivem.

O zoológico do Bronx informou que medidas preventivas estão sendo tomadas para tratadores e todos os felinos dos zoológicos da cidade.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisCoronavírusDoençasNova York

Mais de Mundo

Trump assina decretos para impulsionar mineração de carvão nos EUA

Casa Branca diz que cerca de 70 países pediram para negociar tarifas

Canadá anuncia que tarifas sobre alguns veículos dos EUA entram em vigor na quarta

Em alerta ao Irã, EUA aumentam a presença militar no Oriente Médio