Protestos em Gaza: ao menos 125 palestinos morreram por disparos israelenses desde 30 de março (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2018 às 16h05.
Última atualização em 6 de junho de 2018 às 16h10.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse ao seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, que está "preocupada com a perda de vidas palestinas" nos protestos na Faixa de Gaza, em uma reunião realizada em Londres nesta quarta-feira (6).
May detalhou que o Reino Unido "reconhece absolutamente" o direito de Israel de se defender de atos de "extremistas e terroristas".
"Mas com 100 vidas palestinas perdidas e uma situação em deterioração em Gaza, espero que possamos falar agora sobre como aliviar essa situação", declarou May, segundo um comunicado de Downing Street.
Netanyahu respondeu que os protestos eram responsabilidade da organização Hamas e que a resposta israelense pretendia minimizar os danos.
Enquanto a reunião era realizada, manifestantes protestavam contra Netanyahu na saída de Downing Street segurando bandeiras palestinas e israelenses.
Ao menos 125 palestinos morreram por disparos de soldados israelenses desde 30 de março, quando começaram as manifestações na fronteira da Faixa de Gaza com Israel.
Os palestinos protestam para pedir o retorno à terra da qual foram expulsos em 1948 e o fim do bloqueio que Israel impõe ao pequeno enclave há 10 anos.
Os protestos explodiram pela transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, um reconhecimento "de fato" de que a capital de Israel é a Cidade Santa, algo que os palestinos e a maioria da comunidade internacional não reconhecem.