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Theresa May defende no parlamento acordo preliminar com a UE sobre Brexit

A primeira-ministra britânica se pronunciou depois de quatro ministros renunciarem, após o executivo aprovar o projeto sobre o Brexit

Theresa May: Primeira-ministra britânica defende acordo preliminar do Brexit no parlamento britânico nesta quinta-feira (15) (Parbul TV/Handout/Reuters)

Theresa May: Primeira-ministra britânica defende acordo preliminar do Brexit no parlamento britânico nesta quinta-feira (15) (Parbul TV/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 12h00.

Última atualização em 15 de novembro de 2018 às 12h01.

Londres - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta quinta-feira que o Reino Unido terá eventualmente um acordo comercial com a União Europeia (UE) "mais ambicioso" do que com qualquer outro país e afirmou que a polêmica cláusula de segurança para a Irlanda do Norte era inevitável.

May defendeu na Câmara dos Comuns o acordo preliminar do "Brexit" pactuado com Bruxelas e divulgado ontem, que já provocou a renúncia de dois dos seus ministros e críticas dentro e fora do seu partido.

A líder advertiu que a minuta não é o acordo final, e afirmou que o texto permitirá que o Reino Unido saia do bloco "de maneira fluente e ordenada" em 29 de março de 2019.

May disse que "seria parte de qualquer acordo" o plano para evitar uma fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, o ponto mais controverso no país, já que era uma exigência chave de Bruxelas.

Este protocolo dita que, à revelia de um acordo comercial bilateral definitivo ao término do período de transição, o Reino Unido formará uma união aduaneira, mas a Irlanda do Norte terá uma equivalência reguladora mais estrita com a UE, para evitar uma fronteira com a Irlanda.

Os críticos, entre eles os dois ministros demissionários, defendem que isto ameaça a integridade territorial do Reino Unido.

A chefe do governo britânico lembrou que, para evitar a aplicação do plano de contingência para a Irlanda do Norte, o Reino Unido terá a opção de estender o período de transição, que expira em 31 de dezembro de 2020.

May admitiu que a negociação não foi "um processo agradável" e que nem Londres nem Bruxelas estão totalmente satisfeitos com o resultado, mas ressaltou que este é o melhor acordo possível.

A primeira-ministra disse que a minuta pactuada permitirá que o Reino Unido tenha eventualmente um pacto de livre-comércio com a UE "mais ambicioso" que o de qualquer outro Estado terceiro.

"A minuta da declaração política estabelece as bases de um acordo que é melhor para o nosso país" que os modelos da Noruega e do Canadá, "um acordo de livre-comércio mais ambicioso que o que a UE tem com qualquer outro país", disse.

May também destacou que a cooperação também será mantida em outras matérias, como segurança.

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