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Theresa May critica colônias israelenses em território palestino

Ao receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, premiê britânica reafirmou que Reino Unido é favorável aos dois estados

Theresa May e Benjamin Netanyahu: Premiê britânica recebeu líder israelense em Londres (Toby Melville/Reuters)

Theresa May e Benjamin Netanyahu: Premiê britânica recebeu líder israelense em Londres (Toby Melville/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de novembro de 2017 às 16h38.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, denunciou nesta quinta-feira (2) a construção de colônias israelenses nos territórios palestinos, ao receber seu contraparte de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo centenário da Declaração Balfour.

"Estou certa de que abordaremos a questão do processo de paz, e queria falar do que consideramos como obstáculos e dificuldades nesse processo, especialmente as colônias ilegais", declarou a dirigente britânica em uma entrevista com Netanyahu em sua residência oficial.

May também afirmou que o "Reino Unido continua sendo favorável a uma solução com dois Estados".

"Israel está comprometido com a paz, estou comprometido com a paz", disse Netanyahu, que chamou, no entanto, os palestinos a aceitar a Declaração Balfour, o Estado judeu.

"Quando o fizerem, o caminho para a paz será infinitamente mais curto", considerou o dirigente israelense. "Então a paz será possível".

Em uma carta publicada em 2 de novembro de 1917 e assinada pelo ministro britânico das Relações Exteriores Arthur Balfour, o governo considerava "favoravelmente a criação na Palestina de um lar nacional para o povo judeu".

Os israelenses consideram essa Declaração Balfour como um ato prévio à criação de seu Estado em 1948.

Para os palestinos, o documento marcou, entretanto, o início de uma "catástrofe".

May e Netanyahu participarão à noite de um banquete que contará com a presença de Roderick Balfour, um dos descendentes de Arthur Balfour.

"Estamos orgulhosos de termos cumprido um papel pioneiro na criação do Estado de Israel", dirá May no discurso que fará durante esse evento, segundo passagens divulgadas por seu serviço de imprensa.

O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, não estará no jantar devido a "outros compromissos" e será representado por Emily Thornberry, responsável de assuntos internacionais no Partido Trabalhista.

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