Incêndio: "Ouvi as chamas, e depois, por causa da madeira, porque todo o local estava coberto de madeira, o fogo se estendeu muito rápido" (Mohamed Abd El Ghany / Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 09h25.
Cairo - O porteiro do edifício onde fica o clube-restaurante incendiado nesta sexta-feira no Cairo com coquetéis molotov, onde 16 pessoas morreram, afirmou à Agência Efe que os corpos "estavam todos amontoados no último cantinho".
Mustafa Tareq explicou que tudo aconteceu por volta das seis ou sete da manhã, e que as vítimas, entre elas clientes e trabalhadores do local, morreram pelas queimaduras e por asfixia.
"Ouvi as chamas, e depois, por causa da madeira, porque todo o local estava coberto de madeira, o fogo se estendeu muito rápido", declarou Tareq, que não viu como foi o ataque.
O Ministério do Interior egípcio afirmou que o incêndio foi provocado pelo lançamento de vários coquetéis molotov contra o local devido a uma disputa entre os empregados do clube e terceiras pessoas.
O bar Al Sayad (O Pescador), que ficava no subsolo do edifício número 86 da rua Nil, paralela ao rio Nilo, era estreito e comprido, e só tinha uma saída para a rua, por onde foram jogadas as garrafas incendiárias.
"Havia muito fumaça, havia tanto fumaça que todos os vizinhos, até os do 13º andar, desceram para a rua", ressaltou Tareq, que acrescentou que o teto caiu.
Outras três pessoas ficaram feridas no incêndio, informou o Ministério do Interior.
A Efe esteve no local e constatou que o estabelecimento está completamente queimado, tanto a entrada como seu interior. Os edifícios vizinhos não foram afetados.
As equipes de proteção civil conseguiram apagar o fogo. Neste momento a polícia recolhe provas no interior do restaurante.
As primeiras informações apontam que duas pessoas a bordo de uma motocicleta lançaram os coquetéis molotov contra o edifício e fugiram. Ele já foram identificados e agora as forças de segurança realizam uma busca pela região para prendê-los.