Venezuela: "Por meio destas sanções, os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano em seus esforços para proteger e promover um governo democrático no país" (Christian Varon/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de maio de 2017 às 19h44.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 20h23.
Washington - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções econômicas nesta quinta-feira ao presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, e a sete magistrados da Sala Constitucional da corte por "usurpar a autoridade" da Assembleia Nacional.
As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos desencadeados pela ordem do TSJ de privar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição ao presidente do país, Nicolás Maduro, de todas as suas funções.
"O povo venezuelano está sofrendo pelo colapso econômico provocado pela má gestão e a corrupção de seu governo. Os membros do Tribunal Supremo de Justiça exacerbaram a situação ao interferir na autoridade do Legislativo", disse em comunicado o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
"Por meio destas sanções, os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano em seus esforços para proteger e promover um governo democrático no país", acrescentou o Mnuchin, sob cujo controle está o Escritório de Controle de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que impõe as sanções.
Maikel Moreno tornou-se o magistrado chefe do Supremo venezuelano em fevereiro deste ano.
Os outros incluídos nas sanções, que congela bens dentro da jurisdição americanas e proíbe transações financeiras, são os magistrados da Sala Constitucional do TSJ Luis Fernando Damiani, Arcadio Delgado, Gladys Gutiérrez, Juan José Mendoza, Calixto Ortega, Lourdes Suárez e Carmen Zuleta.
As manifestações e distúrbios na Venezuela tiveram, até o momento, 45 mortes, e a intenção de Maduro de reformar a Constituição, vista pela oposição como uma tentativa de se consolidar no poder sem convocar eleições, agravou os protestos.
Esta é a segunda rodada de sanções contra chavistas do alto escalão no mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, embora nesta ocasião a razão não seja o narcotráfico, como aconteceu na primeira.