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Terrorista do supermercado disse que atuava em nome do EI

'Manifestem-se e digam: 'deixem os muçulmanos tranquilos'. Por que não fazê-lo?', questionou às pessoas retidas no supermercado


	Policiais iniciam entrada no supermercado
 (Getty Images News)

Policiais iniciam entrada no supermercado (Getty Images News)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 07h37.

Paris - Amedy Coulibaly, o terrorista que manteve mais de uma dezena de pessoas reféns em um supermercado judeu de Paris e que disse ter matado quatro deles, disse aos sequestrados que atuava para vingar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

A conversa entre Coulibaly e os reféns foi obtida pela rádio francesa 'RTL', que ligou para o supermercado 'Hyper Cacher' e pôde escutar essa diálogo depois de o telefone ser mal colocado no gancho.

O jihadista disse estar motivado pela ação militar francesa no Mali, os bombardeios ocidentais na Síria e a apatia da população ocidental a respeito, o que, para ele, respaldam as ações de seus respectivos governos.

'Em primeiro lugar, vocês que elegem seus governos e esses governos nunca esconderam que fariam guerra no Mali ou em outras partes. Vocês que os financiaram. Pagam impostos e estão de acordo', disse aos reféns, segundo a 'RTL'.

O agressor, cuja conversa foi retransmitida esta manhã pela emissora, disse que é necessário que parem de atacar o Estado Islâmico e de 'prender nossos irmãos por nenhum motivo'.

'Manifestem-se e digam: 'deixem os muçulmanos tranquilos'. Por que não fazê-lo?', questionou às pessoas retidas no supermercado, e afirmou que, de acordo com 'a lei do Talião', se 'suas crianças, mulheres e combatentes são atacados, eles atacam quem os combatem'.

Coulibaly, suspeito de ter assassinado na quinta-feira uma policial municipal no sul da capital francesa, morreu ontem na operação das forças especiais francesas para pôr fim ao sequestro, que terminou com quatro reféns mortos e quatro policiais feridos.

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