Nesta condenação, a segunda à prisão perpétua imposta ao terrorista na França, o Tribunal de Paris opinou, além disso, que Ramírez, de 62 anos de idade, tem que passar um mínimo de 18 anos preso (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 18h07.
Paris - O terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como 'Chacal', apelou da condenação à prisão perpétua que recebeu na quinta-feira da Justiça francesa como responsável do grupo que cometeu quatro atentados no país entre 1982 e 1983, informou sua advogada, Isabelle Coutant-Peyre.
A advogada afirmou à Agência Efe que tem também a intenção de solicitar a repatriação do 'Chacal' à Venezuela, e garantiu que nesse processo 'conta com o firme respaldo das autoridades venezuelanas'.
Nesta condenação, a segunda à prisão perpétua imposta ao terrorista na França, o Tribunal de Paris opinou, além disso, que Ramírez, de 62 anos de idade, tem que passar um mínimo de 18 anos preso antes de poder solicitar qualquer privilégio carcerário, o que representa a maior pena possível para os delitos do quais foi considerado culpado.
Cronologicamente, o primeiro dos quatro atentados ocorreu no dia 29 de março de 1982 com a explosão de uma bomba em um trem de Paris a Toulouse e causou cinco mortes e 28 feridos.
O segundo, com um carro-bomba no centro de Paris, foi perpetrado no dia 22 de abril daquele ano na frente da sede de um jornal árabe-libanês, e o venezuelano o vinculou durante o julgamento com os serviços secretos sírios.
Já os outros dois, ocorridos na tarde do dia 31 de dezembro de 1983 contra a estação de ferrovia de Marselha e contra um trem que tinha saído dessa cidade em direção a Paris, o já condenado atribuiu ao Grupo Antiterrorista de Libertação (GAL), que praticam o denominado terrorismo de Estado contra o grupo terrorista ETA
'O Chacal' foi capturado em uma operação da espionagem francês no Sudão em agosto de 1994 e em 1997 recebeu a primeira condenação à cadeia perpétua por ter matado dois agentes secretos franceses e um informante em Paris em 1975.
O tribunal também condenou à prisão perpétua dois dos outros três réus, que não compareceram durante o processo e foram julgados à revelia: o palestino Ali Kamal al-Issawi, em paradeiro desconhecido há uma década, e o alemão Johannes Weinrich, que cumpre prisão perpétua na Alemanha. A terceira acusada, a alemã Christa Margot Frohlich, foi absolvida.