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Os 15 anos do 11 de setembro

Há 15 anos o que parecia uma manhã comum de terça-feira mudou a história contemporânea. Foi o dia dos atentados de 11 de setembro, que serão lembrados neste domingo, e continuam mais presentes do que nunca nos debates eleitorais nos país.  Desde então, o terrorismo está mais comum, mais espalhado e mais letal. Entre 2000 […]

11 DE SETEMBRO: há 15 anos o atentado terrorista marcou o mundo, os cidadãos americanos e a política do país / Robert Giroux/Getty Images (Robert Giroux/Getty Images)

11 DE SETEMBRO: há 15 anos o atentado terrorista marcou o mundo, os cidadãos americanos e a política do país / Robert Giroux/Getty Images (Robert Giroux/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 21h25.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.

Há 15 anos o que parecia uma manhã comum de terça-feira mudou a história contemporânea. Foi o dia dos atentados de 11 de setembro, que serão lembrados neste domingo, e continuam mais presentes do que nunca nos debates eleitorais nos país. 

Desde então, o terrorismo está mais comum, mais espalhado e mais letal. Entre 2000 e 2014, os números de morte por terrorismo no mundo aumentaram mais de 9 vezes, de 3.329 para 32,685. Só em 2014, as mortes aumentaram 80% em relação ao ano anterior. Em 2015, atentados ocorreram em cerca de 100 países, quase o dobro em relação aos 59 de 2013. 

Segundo uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center em junho, o Estado Islâmico é a principal ameaça segundo cidadãos de 8 em 10 países europeus, superando questões como o aquecimento global ou a instabilidade econômica. Segundo uma pesquisa da rede de TV CNN, o medo dos americanos de sofrer um atentado em seu país está nos maiores índices desde 2003.

O medo se reflete nas opiniões e na pauta política. O republicano Donald Trump afirma que é preciso consertar as fronteiras americanas que “parecem um queijo suíço”. Trump fala até em usar armamento nuclear para combater grupos terroristas, que se formam no Iraque, chamado por ele de “a Universidade Harvard do terror”. A candidata democrata Hillary Clinton afirma que “essa é uma ameaça que não pode ser contida, deve ser derrotada”.

Os discursos refletem uma política pautada há 15 anos na guerra ao terror. Mas há uma ressalva importante: de todas as mortes relacionadas a atentados até 2015, apenas 2,5% delas aconteceram no ocidente. Se o 11 de setembro for retirado da conta, a parcela cai para 0,5%. Em 2014, cinco países — Iraque, Afeganistão, Nigéria, Síria e Paquistão — foram palco de 78% dos ataques. Todos eles relacionados com guerras recentes ou conflitos de grupos religiosos e territorialistas. Iraque e Afeganistão foram invadidos pelos Estados Unidos em sua guerra anti-terror. Parece que a estratégia americana está mais prejudicando do que ajudando.

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