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Terremotos são comuns no Acre, diz especialista

Segundo George Sand França, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, região sofre tremores frequentes, boa parte deles imperceptíveis para a população

Rio Branco: devido à profundidade em que ocorrem, tremores mal são sentidos na superfície (Wikimedia Commons)

Rio Branco: devido à profundidade em que ocorrem, tremores mal são sentidos na superfície (Wikimedia Commons)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 18h48.

São Paulo – Um dia após um terremoto na Virgínia sacudir as capitais política e econômica dos EUA, um novo sismo de magnitude 7,0 na escala Ritcher atingiu nesta quarta o Peru e foi sentido em Cruzeiro do Sul, no Acre, a 205 quilômetros do epicentro.

Apesar do susto, provocado pela proximidade entre os países, não há motivos para preocupações. De acordo com o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), George Sand França, o risco de ocorrerem danos graves no estado brasileiro são mínimos, pelo fato de o tremor ter ocorrido a 145 km de profundidade. Mais, segundo o especialista, tremores de terra são frequentes na região, que está localizada em uma zona sismológica.

“Anualmente, o Acre é atingido por pelo menos um terremoto de forte magnitude, como o ocorrido hoje, e outros de menor intensidade, que na maior parte das vezes, passam despercebidos pela população”, explica. Historicamente, segundo o pesquisador, não há registros de terremotos danosos na região, já que a quase totalidade dos fenômenos ocorre em profundidades grandes, que minimizam, e muito, o efeitos na superfície.

Brasil terá rede sismográfica

Em todo o país, apesar da relativa estabilidade ambiental, não faltam exemplos de tremores recentes. “Além dos eventos no Acre, a região Nordeste, em função de falhas geológicas também registram tremores, ainda que de baixa intensidade”, diz George. E Brasília também entra na lista. Prédios da capital nacional balançaram com dois tremores consecutivos em outubro de 2010.

Para monitorar com precisão e em larga escala as atividades sísmicas no Brasil, uma parceria entre quatro universidades e a Petrobras está implantando uma rede de sismografia para monitorar o solo brasileiro em suas grandes áreas. São aproximadamente 80 equipamentos, entre estações sismográficas e GPS de alta resolução. A rede de monitoramento deverá ser concluída até o final de 2012 e será formada por especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade de Brasília, do Observatório Nacional e da Universidade de São Paulo.

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