O terremoto que devastou o Haiti e deixou cerca de 300 mil mortos e mais 300 mil feridos faz hoje (12) 10 anos. O terremoto agravou as condições de miséria do país mais pobre das Américas. Um milhão e meio de pessoas ficaram desabrigadas.
No dia 12 de janeiro de 2010, uma terça-feira, a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, ficou coberta de poeira por causa de um terremoto, de magnitude 7 na escala Ritcher, cujo epicentro foi na península de Tiburon, a cerca de 25 quilômetros da cidade e profundidade de 10 quilômetros.
O terremoto é considerado o quinto mais grave da história mundial. Destruiu a maior parte da capital haitiana, incluindo o prédio da sede do governo (Palácio Presidencial), a sede do Banco Mundial e a catedral de Notre-Dame de Porto Príncipe.
A sede da missão da ONU de paz e estabilização no Haiti, a Minustah (sigla em francês de Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti), também desabou e causou a morte de diversos funcionários das Nações Unidas, inclusive o chefe da missão, o diplomata tunisiano Hédi Annabi. Naquele momento, havia 1.200 soldados brasileiros atuando na missão.
A brasileira Zilda Arns, pediatra coordenadora da Pastoral da Criança, também morreu na ocasião, quando falava sobre o cuidado com a saúde infantil, por causa do desabamento da igreja onde fazia a palestra.
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1/9 Criança ferida recebe tratamento médico após terremoto em Porto Príncipe, no Haiti (Eduardo Munoz/Reuters)
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2/9 Epicentro do terremoto foi a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe, onde inúmeros edifícios foram destruídos, incluindo o palácio presidencial, sede do governo (AFP/AFP)
No dia 12 de janeiro de 2010, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, matando 250 mil pessoas e deixando cerca de 1,5 milhão desabrigadas. O epicentro foi a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe, onde inúmeros edifícios foram destruídos, incluindo o palácio presidencial, sede do governo.
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3/9 Catástrofes naturais causadas por fenômenos geofísicos são o quarto maior risco ambiental para o mundo (Erik De Castro/Reuters)
Haiti, Indonésia, Japão e Chile: o que esses países têm em comum? Terremotos colossais que deixaram sequelas difíceis de se superar e prejuízos econômicos sem precedentes. Catástrofes naturais causadas por fenômenos geofísicos são o quarto maior risco ambiental para o mundo, de acordo com a pesquisa. “Terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas e tempestades geomagnéticas causam enormes danos materiais e perdas humanas”, diz o estudo.
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4/9 Forte terremoto deixou 250 mil mortos e outros 1,5 milhão de desabrigados. (Getty Images/Getty Images)
São Paulo - O país mais pobre do hemisfério ocidental é também um dos mais vulneráveis às alterações no clima. Em janeiro deste ano, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti, deixando 250 mil mortos e outros 1,5 milhão de desabrigados. O abalo deixou a capital Porto Príncipe em frangalhos.
Segundo um estudo da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, o aquecimento global, também poderá aumentar em até 60% a incidência de ciclones na região até o fim deste século - um dos efeitos do El Niño que aumenta os níveis do mar do pacífico. O Haiti tem sua situação agravada pelo declínio na qualidade da água e pelo crescente risco da falta de alimentos e de energia.
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5/9 Segundo o Worldwatch Institute, impactos de um terremoto recaem desproporcionalmente sobre as populações pobres (Getty Images/Getty Images)
São Paulo - Temperaturas extremas, furacões, erupções vulcânicas, enchentes, tempestades, deslizamentos, tsunamis, incêndios. Em todo o mundo, uma série de catástrofes naturais sucedeu-se ao longo do ano, deixando centenas de milhares de vítimas e um rastro sem precedentes de destruição. Embora os desastres naturais ocorram por todos os lados, segundo o Worldwatch Institute, seus impactos recaíram desproporcionalmente sobre as populações pobres, que vivem em áreas vulneráveis e dispõem de poucos recursos.
No dia 12 de janeiro de 2010, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o já castigado Haiti, matando 250 mil pessoas e deixando cerca de 1,5 milhão desabrigadas. No mês seguinte, um tremor com magnitude de 8.8 graus sacudiu o Chile, levando destruição e morte a 80% do país. Estima-se que os prejuízos econômico beirem os 30 bilhões de dólares. Cinco meses depois, chuvas torrenciais sem precedentes causaram inundações devastadoras no Paquistão, deixando mais de 1,5 mil mortos e outras cinco milhões de pessoas desabrigadas.
Mais recentemente, na Europa, a chegada do inverno vem provocando nevascas e temperaturas abaixo de zero, deixando vítimas do frio e de acidentes, além de paralisia em diversos serviços, como nos aeroportuários. Enquanto por lá a água congela, no Brasil, ela cai em enxurrada do céu. Desde o começo do ano, enchentes vêem destruindo casas e deixando milhares de centenas de desabrigados de norte a sul do país, além de vítimas fatais.
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6/9 (Brendan Hoffman/Getty Images) (Brendan Hoffman/Getty Images)
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7/9 Destroços em Porto Príncipe, no Haiti (./Reprodução)
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8/9 Escombros em rua da capital do Haiti (./Reprodução)
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9/9 Estima-se que ao menos 800 pessoas tenham morrido em eventos decorrentes da fúria dos ventos (Reuters/Reuters)
Em Les Anglais, Haiti, a população segue sofrendo após a passagem do furacão Matthew há alguns dias. O país, que ainda tentava se recuperar de um devastador terremoto em 2010, mergulhou em uma nova grave crise humanitária. Estima-se que ao menos 800 pessoas tenham morrido em eventos decorrentes da fúria dos ventos e a ONU prevê ser necessário um montante de 120 milhões de dólares em ajuda humanitária.
Após a tragédia, o país, passou por sucessivas crises, inclusive um surto de cólera dez meses após o tremor. Milhares de pessoas foram afetadas pela doença e mais de 9 mil morreram.
Atualmente, o Haiti tem 70% da população na miséria, com renda menor que US$ 2,4 por dia, e o país está em recessão.
*Com informações da TV Brasil e do Radiojornalismo da EBC