Mundo

Terremoto no Japão deixa pelo menos 3 mortos e 200 feridos

O tremor, cuja intensidade foi revisada para cima dos 6,4 graus de magnitude medidos inicialmente, foi registrado às 21h26 (horário local, 9h26 GMT)


	Terremoto: trata-se do 1ºterremoto que atinge este nível no país desde o potente terremoto de 2011 que gerou um devastador tsunami
 (Kyodo / Reuters)

Terremoto: trata-se do 1ºterremoto que atinge este nível no país desde o potente terremoto de 2011 que gerou um devastador tsunami (Kyodo / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2016 às 15h32.

Tóquio - Um terremoto de 6,5 graus sacudiu nesta quinta-feira o sudoeste do Japão, onde provocou o desabamento de vários prédios e deixou pelo menos três mortos e 200 feridos, no que representa o terremoto mais prejudicial no país asiático desde o que provocou o tsunami de 2011.

O tremor, cuja intensidade foi revisada para cima dos 6,4 graus de magnitude medidos inicialmente, foi registrado às 21h26 (horário local, 9h26 GMT) sem que a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) declarasse alerta de tsunami, e teve o epicentro em Kumamoto e seu hipocentro a cerca de 11 quilômetros de profundidade.

A usina nuclear de Sendai, que fica a cerca de 120 quilômetros ao sul do epicentro e a única atualmente operacional no país, informou que a unidade continuou funcionando sem problemas.

O terremoto atingiu o nível 7 na escala japonesa, que se centra mais nas zonas afetadas do que na intensidade do tremor, no distrito de Mashiki, ao leste da cidade, onde fica o aeroporto de Kumamoto.

Trata-se do primeiro terremoto que atinge este nível no Japão desde o potente terremoto do dia 11 de março de 2011 que gerou um devastador tsunami e deixou mais de 18 mil mortos e desaparecidos no nordeste do país, além de causar na central de Fukushima o pior acidente nuclear desde Chernobyl.

O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, informou que pelo menos 20 casas nos arredores de Mashiki ruíram e que várias pessoas tinham ficado presas nos escombros.

Nesta região e nos arredores foram registrados pelo menos 200 feridos, sete deles em estado grave, e três mortos por causa dos desmoronamentos e dos incêndios provocados pelo tremor, segundo informaram as equipes de resgate e os hospitais da região à emissora pública "NHK".

No total, o número provisório de pessoas retiradas de Mashiki é de 1.100, segundo a emissora.

Além de demolir casas e provocar incêndios por causa de escapamentos de gás, o terremoto derrubou várias fachadas e rachou calçadas e ruas na cidade de Kumamoto, onde os prédios balançaram violentamente com o tremor, como mostrou a televisão japonesa.

Pelo menos 40 réplicas, uma das quais atingiu 6,4 graus na escala aberta de Richter, sacudiram Kumamoto nas três primeiras horas após o tremor inicial e a JMA advertiu que estes tipos de tremores potentes poderiam continuar se repetindo ao longo da próxima semana.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu às autoridades locais "o máximo de esforços para ajudar as vítimas" e manter o público informado o tempo todo sobre possíveis réplicas na região.

O ministro da Defesa, Gen Nakatani, disse em entrevista à agência "Kyodo" que foram enviados aviões e helicópteros das Forças de Autodefesa (Exército) para avaliar o alcance dos danos.

Mais de 16 mil casas estão, por enquanto, sem luz em Kumamoto, e pelo menos 6.000 estão sem água e gás, segundo a "NHK".

O tráfego foi fechado também em algumas estradas desta cidade e da vizinha Miyazaki, da mesma forma que o serviço de trem-bala na ilha de Kyushu, a segunda mais povoada do país com mais de 13 milhões de habitantes.

As principais companhias aéreas japonesas, Japan Airlines e All Nippon Airways (ANA), informaram que o terremoto não afetou por enquanto seus voos e que as pistas dos aeroportos da região estão sendo inspecionadas na busca de possíveis danos provocados pelo terremoto.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisJapãoMortesPaíses ricosTerremotos

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado