Mundo

Terremoto na Rússia leva medo ao Pacífico. Como países podem ser afetados?

Sexto maior terremoto já registrado causa medo em regiões da costa do Pacífico; tráfego marítimo segue medidas de proteção e diversos países emitiram alertas para tsunamis

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 30 de julho de 2025 às 08h25.

Um terremoto de magnitude 8.8, ocorrido na Rússia nesta quarta-feira, 30, tem causado pânico nos países banhados pelo Pacífico. Após o caso, alertas de tsunami foram emitidos em nações que vão desde o Japão aos Estados Unidos.

O terremoto, considerado o sexto mais forte já registrado na história, ocorreu na região leste da Rússia e causou ondas de tsunami por todo o Pacífico. Segundo a CNN, terremotos submarinos como o ocorrido na Península de Kamchatka podem gerar tsunamis com alcance global. A região está no Anel de Fogo do Pacífico, onde há intensa atividade sísmica. O cientista Yong Wei, da NOAA, explicou à emissora que essas ondas podem atingir 700 km/h e causar grandes danos ao chegar à costa, mesmo que nem todas tenham força destrutiva.

Alguns países, no entanto, podem ser mais afetados que os outros. Confira:

Estados Unidos

No Havaí, ondas de até 1,5 metro atingiram a costa centro-norte de Mauai, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional. Charles “Chip” McCreery, diretor do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) afirmou que “o pior já passou”, indicando que a maior amplitude das ondas já foi registrada.

Segundo a Reuters, o Centro Nacional de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos informou que ondas de tsunami com cerca de 1,1 metro foram observadas no norte da Califórnia. O local está entre os pontos da costa oeste americana sob monitoramento.

Colômbia

A Colômbia também emitiu um alerta para diversas áreas que ficam na costa do Oceano Pacífico, incluindo regiões de Nariño e Chocó. Segundo a CNN, medidas de segurança foram implementadas para o tráfego marítimo e as praias foram fechadas, de acordo com informações da Unidade de Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres da Colômbia.

"Dirijam-se para terrenos mais altos, afastados da costa", escreveu a agência de desastres.

Japão

No Japão, as ondas atingiram diversas regiões da costa leste, desde Hokkaido até áreas próximas a Tóquio. Embora tenham sido menores que o previsto — cerca de 60 centímetros —, o governo manteve o alerta de evacuação em 21 províncias e mais de 1,9 milhão de pessoas foram orientadas a buscar abrigo em locais elevados, segundo o canal norte-americano.

A Agência Meteorológica do Japão destacou que, em casos de terremotos distantes, pode levar muitas horas até que seja possível afirmar com segurança que o risco de tsunami passou. Por volta das 07h (horário de Brasília), o país rebaixou o alerta para um "aviso", assim como o Havaí.

Polinésia Francesa

Autoridades da Polinésia Francesa atualizaram o alerta de tsunami para o arquipélago das Marquesas, prevendo que ondas de até 4 metros podem atingir as ilhas de Ua Huka, Nuku Hiva e Hiva Oa entre a noite de terça e a manhã de quarta-feira.

O alerta anterior estimava ondas de até 2,2 metros, mas os riscos aumentaram com o avanço do fenômeno. A expectativa é de que os impactos ocorram nas áreas costeiras das ilhas localizadas no norte do território.

Mais cedo, as Forças Armadas da França na Polinésia informaram que estão “em alerta como medida de precaução”, prontas para atuar em eventuais operações de busca, resgate ou evacuação médica.

Outros países como México, Chile, Peru, Nova Zelândia, Austrália e Filipinas também emitiram alertas e seguem com medidas de proteção em regiões costeiras.

Acompanhe tudo sobre:RússiaTerremotosTsunamiEstados Unidos (EUA)HavaíJapãoColômbia

Mais de Mundo

Trump anuncia acordo com Coreia do Sul para reduzir tarifa de 25% para 15%

Canadá anuncia intenção de reconhecer o Estado palestino em setembro

No dia do decreto de Trump, Mauro Vieira é chamado para encontro com Rubio pela 1ª vez em Washington

Análise: tarifaço de Trump contra o Brasil esfria crise, mas clima de incerteza prossegue