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Terremoto leva atividade fabril do Japão à mínima em 2 anos

Cadeias de fornecimento e produção foram severamente danificadas pelo terremoto e o tsunami do mês de março

Há possibilidade da indústria japonesa ter sido ainda mais afetada, embora os dados completos ainda não tenham sido divulgados depois do desastre (Nicolas Asfouri/AFP)

Há possibilidade da indústria japonesa ter sido ainda mais afetada, embora os dados completos ainda não tenham sido divulgados depois do desastre (Nicolas Asfouri/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 07h38.

Tóquio - A atividade manufatureira do Japão caiu ao menor nível em dois anos e teve o maior declínio mensal já registrado, com o terremoto e o tsunami interrompendo cadeias de fornecimento e operações de produção, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

O índice Markit/JMMA do setor manufatureiro japonês caiu de 52,9 em fevereiro para 46,4 em março, a mínima desde abril de 2009.

Os dados são um dos primeiros resultados dos severos danos à produção causados pelo terremoto e o tsunami de 11 de março no nordeste do Japão, que geraram uma crise de segurança nuclear e apagões de energia.

"O impacto da falta de energia, da interrupção da cadeia de fornecimento e a paralisação da atividade de muitas fábricas após o terremoto é grande. Existe a possibilidade de que o índice manufatureiro se enfraqueça ainda mais", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute, em Tóquio.

Na pesquisa, o índice principal caiu abaixo da marca do 50 que separa contração de expansão pela primeira vez em três meses. O declínio mensal excedeu as quedas vistas após o ataques de 11 de setembro de 2011, nos Estados Unidos, e o colapso do Lehman Brothers, em 2008.

O componente de produção fabril caiu de 53,9 para a mínima em dois anos de 37,7 em março, a maior queda já registrada, com uma série de participantes da pesquisa relatando que a falta de energia e problemas logísticos restringiram a produção.

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