Londres - O aeroporto de Heathrow em Londres deu hoje as boas-vindas aos seus primeiros passageiros a um terminal de 2,5 bilhões de libras esterlinas (US$ 4,2 bilhões), no intuito de evitar o caos da última grande inauguração e redobrar esforços para continuar sendo uma plataforma importante.

Mais de mil passageiros chegaram e 300 fizeram check-in esta manhã no Terminal 2. O primeiro voo a usar o prédio, que substitui instalações da década de 1950, foi um Boeing 767 da United Airlines vindo de Chicago.

Voos serão limitados a 10 por cento da capacidade enquanto os sistemas são acomodados, depois que na estreia do Terminal 5, em 2008, um problema técnico com o processamento de bagagens custou 16 milhões de libras em gastos e receita perdida.

Com tetos ondulados e uma área de partidas no estilo de uma praça, o Terminal 2 não aumentará a capacidade, mas ajudará Heathrow a combater a ostentação de centros mais novos no Golfo Pérsico, segundo o CEO designado John Holland-Kaye.

O maior desafio pode ser um experimento único que envolve a eliminação dos balcões de check-in individuais para as 23 diferentes companhias aéreas da Star Alliance que usarão o prédio.

“Algo assim nunca foi feito em nenhum aeroporto com tantas companhias aéreas trabalhando juntas para implementar um check-in comum”, disse Justin Erbacci, vice-presidente de experiência do cliente e tecnologia da aliança.

Mudar as linhas aéreas da Star para um terminal de três usados anteriormente também diminuirá os tempos mínimos para fazer ligações para 60 minutos – caso o novo sistema funcione conforme planejado.

Uns 600 voos foram cancelados ou adiados após a inauguração malfeita do Terminal 5, e Heathrow está ansioso para evitar que isso se repita enquanto faz campanha pelo direito a adicionar uma terceira pista após operar perto da capacidade máxima desde o começo da década.

Impulso ao varejo

“Estamos na melhor forma possível nesta etapa, dada a complexidade de operar um novo terminal”, disse Holland-Kaye, acrescentando que Heathrow se preparou com mais de 180 testes com milhares de voluntários que atuaram de passageiros, processando 4.000 bagagens por hora frente a um pico provável de 2.400.

A redução no tempo gasto em fazer check-in, atravessar os controles de segurança e ir até os portões significa que as pessoas terão mais chances de comprar e comer.

Empresas britânicas como a cadeia de lojas de departamentos John Lewis Partnership e a operadora de pubs Fuller Smith Turner Plc estão entre as empresas que aparecem em Heathrow pela primeira vez.

Em dezembro, Heathrow e o aeroporto London Gatwick, que fica a 40 quilômetros ao sudeste, foram identificados como candidatos para adicionarem capacidade em conclusões iniciais de uma comissão nomeada pelo Estado.

Heathrow diz que sua proposta de 15,6 bilhões de libras deveria vencer, devido à conectividade extra ganhada ao focar voos em um único centro aéreo de importância.

Companhias aéreas

Além de membros da Star, como a Deutsche Lufthansa AG, a Singapore Airlines e a Air China, que controlam um pouco mais de 20 por cento da capacidade de Heathrow, o prédio também albergará a Germanwings, a divisão de baixo custo da Lufthansa, o Aer Lingus Group Plc da Irlanda e os voos de curta distância da Virgin Atlantic Airways.

O limite inicial de partidas diárias será de 6.000 passageiros, frente a uma capacidade de cerca de 45.000. Conforme o programado, as 26 operadoras não serão incorporadas completamente ao terminal até novembro.

O Terminal 2 foi erigido onde estava o Europa Building de Heathrow, desenhado para receber 1,2 milhão de pessoas por ano em 1955, e a princípio poderá atender 20 milhões de passageiros por ano antes de incorporar espaço do antigo Terminal 1 para chegar a uma capacidade consolidada de 30 milhões de pessoas.

Junto com o Terminal 5, a inauguração do T2 fará com que 70 por cento dos clientes passem por prédios de menos de sete anos de antiguidade, segundo a dona do aeroporto, a Heathrow Airport.