Mundo

Termina primeiro dia de julgamento de ex-dirigente chinês

Ex-dirigente chinês Bo Xilai é acusado de corrupção, desvio de verbas e abuso de poder

Bo Xilai sob escolta policial: Bo rejeitou as duas acusações de suborno contra ele (China Central Television (CCTV) via Reuters)

Bo Xilai sob escolta policial: Bo rejeitou as duas acusações de suborno contra ele (China Central Television (CCTV) via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 08h52.

Jinan - O primeiro dia de julgamento do ex-dirigente chinês Bo Xilai por corrupção, desvio de verbas e abuso de poder terminou nesta quinta-feira em um tribunal da cidade de Jinan.

A audiência, segundo determinou o presidente do tribunal, Wang Xuguan, recomeçará amanhã às 8h30 locais (22h30 de quinta-feira no horário de Brasília).

Na primeira jornada do julgamento, Bo rejeitou as duas acusações de suborno contra ele: de ter recebido propina dos empresários Tang Xiaolin e Xu Ming, ambos de Dalian, cidade onde o ex-líder foi prefeito.

Bo teria ganho aproximadamente 20 milhões de iuanes (US$ 3,2 milhões) de Xu Ming e cerca de US$ 800.000 de Tang.

O ex-político também desqualificou o testemunho contra ele feito por sua esposa, Gu Kailai, e afirmou que suas declarações foram "ridículas".

A folha de acusações também inclui ter se apropriado de cinco milhões de iuanes (aproximadamente US$ 800.000 dólares) de fundos públicos para um projeto confidencial, e abuso de poder entre 1999 e 2006 como prefeito e secretário-geral do Partido Comunista na cidade de Dalian e como ministro do Comércio.

Além disso, entre janeiro e fevereiro de 2012 teria cometido uma série de atos de abuso de poder como secretário-geral do Partido Comunista da cidade de Chongqing após ser informado sobre as suspeitas de que sua mulher teria assassinado o empresário britânico Neil Heywood.

Em fevereiro de 2012, o braço direito de Bo, Wang Lijun, que cumpre quinze anos de prisão por sua participação no caso, detonou o maior escândalo político na China em décadas ao buscar asilo em um consulado americano e revelar o envolvimento de Gu na morte do empresário, atribuída até então ao excesso de bebida.

Bo foi cassado em março e Gu, julgada em agosto do ano passado, foi sentenciada à morte, com a possibilidade da pena ser reduzida para prisão perpétua.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCorrupçãoCrimeEscândalosFraudes

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais