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Termina greve dos trabalhadores de Belo Monte

Apesar da derrota no Judiciário, o sindicato dos trabalhadores ainda tem esperanças de reverter a situação

O fator decisivo para esse retorno foi o "movimento jurídico adotado pelo” Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), responsável pela obra, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Valter Campanato/ABr)

O fator decisivo para esse retorno foi o "movimento jurídico adotado pelo” Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), responsável pela obra, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 13h14.

Brasília - Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte já estão retornando às atividades. A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav), Roginel Gobbo. Segundo ele, o fator decisivo para esse retorno foi o "movimento jurídico adotado pelo” Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), responsável pela obra, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. A corte considerou a greve ilegal e aplicou uma multa de R$ 200 mil, retroativa ao dia 23 de abril.

“Fomos forçados a encerrar a greve”, disse Roginel Gobbo à Agência Brasil. “Eles simplesmente atropelaram o processo de greve, que foi encerrada sem que uma assembleia fosse realizada. Isso gerou, nos trabalhadores, uma frustração que já está virando revolta e sentimento de impotência. Daqui pra frente a situação ficará imprevisível”, acrescentou o sindicalista.

Apesar da derrota no Judiciário, o Sintrapav ainda tem esperanças de reverter a situação. “Vamos pedir a revisão do acordo coletivo, já que, na época em que ele foi feito, o percentual de trabalhadores vindos de outros estados era menor, e a questão da baixada [folga dada aos trabalhadores vindos de outros estados, para visitarem suas famílias] não tinha o mesmo peso que tem agora”, argumentou Gobbo.

O CCBM disse à Agência Brasil que, de fato, o perfil de trabalhadores tem mudado com o passar do tempo. De acordo com o grupo, atualmente, 64% dos contratados moram no Pará. Em alguns momentos, esse percentual beirou os 90%. Segundo o consórcio, ao longo da obra, a tendência será a de começar a aumentar o número de trabalhadores de outros estados, mas que “ainda por uns dois meses, essa superioridade continuará, até por ser uma estratégia econômica e socialmente mais saudável”.

O consórcio reiterou, ainda, a decisão de só sentar para negociar no período decidido por acordo coletivo. A data-base para essas negociações é novembro.

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