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Terceira rodada de negociações entre Israel e Hamas recomeça no Egito

Conversa foca na aplicação do plano de paz de Trump para Gaza

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 08h38.

A terceira rodada de negociações indiretas entre Israel e o grupo islâmico Hamas começou nesta quarta-feira na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, com objetivo de acertar a implementação do plano de paz para Gaza proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora com maior apoio de mediadores.

Segundo uma fonte de segurança egípcia e conforme noticiou a emissora Al Qahera News, delegações de alto nível retomaram as conversas por volta das 11h (horário local, 5h de Brasília), com presença de representantes do Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos.

Participação de chefes de inteligência e diplomatas

As negociações envolvem diretamente os chefes dos serviços de Inteligência do Egito e da Turquia, o primeiro-ministro e chefe da diplomacia do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, e uma equipe de negociação americana liderada pelo enviado especial do presidente republicano para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

O chefe de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou à Al Qahera News que o grupo está "pronto" para encerrar a guerra em Gaza, mas ressaltou que precisa de "garantias" de que Israel encerrará completamente suas operações militares. Hayya, que saiu ileso do bombardeio israelense de 9 de setembro em Doha, reiterou que o Hamas está preparado para a retirada de Israel do enclave e a troca de prisioneiros.

Troca de prisioneiros e avanços no acordo

Segundo o Hamas, a lista de prisioneiros a serem libertados já foi trocada, e a delegação do movimento palestino está mostrando "positividade e responsabilidade para alcançar os avanços necessários e concluir o acordo".

O foco das conversas é encerrar dois anos de guerra, promover a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e libertar os 48 reféns (vivos e mortos) mantidos pelo Hamas, em troca da libertação de centenas de palestinos por Israel, conforme o plano de Trump. A primeira fase do plano estipula a troca de reféns, enquanto propostas futuras contemplam a desmilitarização de Gaza e a negociação de um Estado palestino, embora o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha descartado essa última possibilidade.

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