França: país reenforça uso de máscaras em tentativa de diminuir número de casos (Charles Platiau/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de março de 2021 às 16h36.
Última atualização em 17 de março de 2021 às 10h28.
O primeiro-ministro da França, Jean Castex, disse ao Parlamento nesta terça-feira que o país entrou em uma terceira onda da pandemia de covid-19, e a média de sete dias de casos novos passou de 25 mil pela primeira vez desde 20 de novembro.
Autoridades de saúde francesas relataram 29.975 casos novos nesta terça-feira, um salto de 4,5% em relação ao total de terça-feira passada e o maior aumento semana a semana em um mês e meio.
A França está às voltas com um aumento constante de casos novos, o que cria uma grande pressão sobre o sistema hospitalar do país – o que especialistas de saúde proeminentes dizem poder ser evitado somente com um novo lockdown.
Como outros países da União Europeia, a França está bem atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido na vacinação de sua população.
O presidente francês, Emmanuel Macron, ainda torce para que uma campanha de vacinação consiga conter os efeitos de uma nova onda pandêmica desencadeada por variantes mais contagiosas, poupando a França de um terceiro lockdown nacional.
Mas a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca, anunciado na segunda-feira devido a dúvidas sobre sua segurança, pode ameaçar a estratégia do governo.
O Ministério da Saúde disse que há 4.239 pacientes em unidades de tratamento intensivo de Covid-19, uma elevação de 20 ao longo de 24 horas e uma alta de quase quatro meses. O número total de pessoas hospitalizadas com a doença subiu 23 e chegou a 25.492, maior alta desde 24 de fevereiro.
A quantidade de pessoas mortas cresceu 408 e alcançou 91.170, a sétima maior cifra de óbitos do mundo. A média móvel de mortes de sete dias é de 267.