Mundo

Tepco começa extração de água subterrânea contaminada

Empresa que opera usina nuclear de Fukushima começou a retirar água altamente contaminada nos porões dos reatores, para reduzir o vazamento do líquido

Visão geral de Fukushima: ação ocorre dias depois de o governo japonês advertir que a usina despeja 300 toneladas de água radioativa no mar por dia (Kyodo/Reuters)

Visão geral de Fukushima: ação ocorre dias depois de o governo japonês advertir que a usina despeja 300 toneladas de água radioativa no mar por dia (Kyodo/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 19h49.

Tóquio - A empresa que opera a usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), começou a retirar nesta sexta-feira a água altamente contaminada dos porões dos reatores, com o objetivo de reduzir o vazamento do líquido no mar.

Em comunicado, a companhia anunciou o início dos trabalhos para extrair a água subterrânea, contaminada com altos índices de trítio e estrôncio, em um dos poços instalados entre os reatores e o mar.

O anúncio acontece dois dias depois de o governo japonês advertir que a usina, o foco da crise nuclear no Japão, despeja diariamente cerca de 300 toneladas de água radioativa subterrânea no mar, que estão vazando dos porões dos reatores.

A TEPCO começou a preparar a maquinaria necessária para realizar a extração do líquido no começo desta semana, e a companhia afirmou que após o início do sistema de bombeamento não ocorreu "nenhum tipo de anomalia, a água parou de vazar".

Na operação, a TEPCO retira a água subterrânea de um dos poços que utiliza para recolher as amostras de líquido analisadas, e a armazena em um depósito de 2,5 metros de diâmetro que está perto do reator 2.

Com esse sistema, é capaz de extrair até 0,18 toneladas por minuto de água subterrânea, detalhou a empresa.

Além disso, a TEPCO trabalha para preparar um sistema de encanamento na área do porto, em frente aos reatores, que deve estar pronto em meados deste mês e que permitirá extrair até 100 toneladas do líquido subterrâneo por dia.

Outra medida que a empresa avalia para reduzir a água radioativa subterrânea é a de despejar água com baixos índices de radiação no mar situado em frente à central, isolado do Oceano por diques e um quebra-mar, informou hoje o jornal "Nikkei".

Além disso, o governo já mostrou seu apoio para ampliar as ajudas à TEPCO em sua estratégia de construir muros de proteção através de um processo complexo de congelamento do solo.

Atualmente, a maior preocupação da TEPCO é lidar com a água acumulada nos porões dos edifícios dos reatores, que aumenta num ritmo de 400 toneladas diárias pelo vazamento de água subterrânea que vem de áreas próximas e fica contaminada após entrar nos reatores.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasPaíses ricosÁsiaJapãoacidentes-nuclearesUsinas nuclearesFukushimaTepco

Mais de Mundo

Trump diz que ligou para Putin durante cúpula com europeus para resolver guerra na Ucrânia

Tribunal estrangeiro não pode invalidar sanções americanas, diz órgão do governo dos EUA

Trump diz que Putin garantiu a libertação de mais de mil prisioneiros 'quase imediatamente'

'Tivemos a melhor conversa de todas', diz Zelensky sobre encontro com Trump na Casa Branca