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Tensões comerciais entre China e EUA podem contrair comércio bilateral em 80%, diz OMC

Presidente dos EUA anunciou nesta quarta-feira a decisão de aumentar as tarifas sobre a China de 104% para 125% "com efeito imediato"

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de abril de 2025 às 17h08.

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A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, analisou nesta quarta-feira que as crescentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China expõem o comércio bilateral ao risco de uma contração muito acentuada de até 80% e de uma queda de 7% no produto interno bruto (PIB) real global.

"Nossas projeções preliminares sugerem que o comércio de mercadorias entre essas duas economias pode diminuir em até 80%", alertou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira a decisão de aumentar as tarifas sobre a China de 104% para 125% "com efeito imediato". Por outro lado, o republicano também anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas aos países que não retaliaram seu plano tarifário.

Impactos econômicos das tensões comerciais globais

Okonjo-Iweala lembrou que EUA e China juntos respondem por 3% do comércio mundial e que o confronto em que se envolveram "tem implicações mais amplas que podem prejudicar seriamente as perspectivas econômicas globais".

A economista nigeriana explicou que os efeitos macroeconômicos negativos não se limitarão aos EUA e à China, mas se espalharão para outras economias, especialmente as menos desenvolvidas.

Para a OMC, há o perigo de uma fragmentação do comércio mundial "ao longo de linhas geopolíticas", ou seja, uma divisão da economia global em pelo menos dois blocos.

Possível redução de longo prazo no PIB global

A consequência poderia ser uma redução de longo prazo no PIB real global de quase 7%, afirmou.

"O desvio de comércio representa uma ameaça imediata e urgente, que exige uma resposta global coordenada. Pedimos a todos os membros da OMC que enfrentem esse desafio por meio da cooperação e do diálogo", afirmou.

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