Casas na Filipinas afetadas por inundação provocada pela tempestade "Kai-Tac" (Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 06h59.
Manila - A tempestade tropical "Kai-Tac" provocou nesta quarta-feira novas inundações e deslizamentos de terra em sua chegada ao norte das Filipinas, onde já causou duas novas mortes.
Esses dois novos óbitos, registrados nas províncias de Ilocos Sul e Pangasinan, no norte da ilha de Luzon, se somam ao balanço de 95 mortos e 3,7 milhões de afetados da última semana.
Segundo o serviço filipino de meteorologia, "Kai-Tac" tocou a terra durante a madrugada desta quarta-feira no nordeste da ilha de Luzon, com precipitações de 35 milímetros e ventos de até 100 km/h.
De acordo com a Defesa Civil da região de Ilocos, pelo menos quatro municípios sofrem fortes inundações por causa da tempestade, enquanto uma das principais estradas da região teve de ter o trânsito interrompido após vários deslizamentos de terra.
As autoridades declararam alerta nível 2 (com máximo de 5) em 16 províncias do norte de Luzon e pediram às pessoas que moram em zonas baixas ou perto de encostas que abandonem seus lares por precaução.
A capital, Manila, que sofreu fortes inundações há uma semana, por enquanto está fora da zona de risco, embora tenha chovido muito em várias de suas regiões desde a noite passada.
A tempestade cruza agora as províncias mais setentrionais do país e deve sair do arquipélago durante a tarde desta quarta-feira em direção ao sul da China.
Essas inundações agravam os danos causados pelas enchentes que afetaram há uma semana mais de 3,7 milhões de pessoas, das quais mais de 300 mil seguem em 808 abrigos disponibilizados pelo Governo.
As autoridades sanitárias agora redobram os esforços para frear uma possível epidemia de leptospirose. Pelo menos 14 pessoas foram infectadas por essa doença, enquanto outras 8 mil que sofreram sintomas como febre alta e dores musculares estão recebendo tratamento preventivo com antibióticos.
Segundo o Centro Nacional de Prevenção de Desastres, as enchentes tiveram um custo econômico de pelo menos 2,263 bilhões de pesos (US$ 53,9 milhões) pela destruição na infraestrutura e agricultura.