Uma moradora avalia os danos em seu bairro após a passagem da tempestade Debby, em Cedar Key, Flórida (sudeste dos EUA), em 5 de agosto de 2024 (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 6 de agosto de 2024 às 11h35.
Pelo menos cinco pessoas morreram em consequência da tempestade tropical Debby, que avança nesta terça-feira, 6, pelo sudeste dos Estados Unidos com chuvas torrenciais e uma ameaça de inundações.
O temporal, que alcançou a costa da Flórida na segunda-feira como um furacão de categoria 1 - em uma escala de 5 -, se desloca agora pelo sul da Geórgia rumo a Carolina do Sul.
Após alcançar um pico de 120 km/h, seus ventos máximos chegaram aos 75 km/h, indicou o Centro Americano de Furacões (NHC) em seu último boletim.
Debby deixou cinco mortos na segunda-feira. Na Flórida, três pessoas morreram em dois acidentes de trânsito por culpa das más condições climáticas e outra pela queda de uma árvore sobre sua casa.
A quinta vítima, um jovem do Sul da Geórgia, também morreu quando uma árvore caiu sobre sua casa.
"Debby pode produzir quantidades de chuva potencialmente históricas de 25 a 50 cm", causando "inundações catastróficas" em algumas áreas desses estados do sudeste", segundo o NHC.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, alertou, nesta segunda-feira, que uma "ameaça contínua" de inundações seguiria caindo sobre partes do estado nos próximos dias.
O NHC prevê que Debby se desloque lentamente pelo sudeste da Geórgia até chegar ao oceano Atlântico na tarde desta terça-feira. Depois, a tempestade percorrerá a costa em direção ao norte até a manhã de quinta-feira, quando voltará a tocar o solo na Carolina do Sul.
O presidente Joe Biden declarou estado de emergência para a Flórida, Geórgia e Carolina do Sul, uma medida que facilita a assistência federal.
O mandatário "segue instando os residentes a permanecer vigilantes e prestar atenção aos alertas das autoridades locais", disse a Casa Branca em um comunicado.
Kamala Harris, candidata democrata às eleições presidenciais de novembro, adiou atos que iam ocorrer esta semana na Carolina do Norte e Geórgia por causa do temporal, segundo a imprensa local, que cita sua equipe de campanha.
Em julho, o furacão Beryl, de maneira precoce, atingiu o sul dos Estados Unidos e deixou vários mortos.
Segundo o Escritório de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico - que vai de junho a novembro - é particularmente agitada devido à elevada temperatura oceânica que aumenta a intensidade dessas tempestades.