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Tempestade de neve atinge os EUA; NY é poupada do pior

Uma nevasca varreu o nordeste americano, levando até 60 cm de neve, mas seu impacto sobre Nova York ficou abaixo das previsões

Vista de Manhattan e da ponte do Brooklyn durante tempestade de neve em Nova York (Stephanie Keith/Reuters)

Vista de Manhattan e da ponte do Brooklyn durante tempestade de neve em Nova York (Stephanie Keith/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 17h01.

Boston/Nova York - Uma nevasca varreu o nordeste dos Estados Unidos nesta terça-feira, levando até 60 centímetros de neve para os Estados de Massachusetts e Connecticut, mas seu impacto sobre a cidade de Nova York ficou aquém das previsões mais sombrias.

Os governadores de Nova York e Nova Jersey suspenderam as proibições de viagem que haviam imposto um dia antes, e o metrô nova-iorquino voltou a funcionar depois de ficar fechado por 10 horas, embora as autoridades tenham pedido para que as pessoas fiquem longe das ruas cobertas de neve.

A polícia informou que um adolescente morreu no final da segunda-feira ao colidir com um poste de luz em uma rua de Long Island, uma das áreas mais atingidas no Estado de Nova York, onde brincava de deslizar na neve.

O Serviço Nacional de Meteorologia revogou seu alerta de nevasca para a área da cidade de Nova York, mas em toda a região lojas e escolas foram fechadas, algumas ruas continuavam intransitáveis e milhares de voos foram cancelados ou adiados.

Um alerta de nevasca continuava em vigor na maior parte de Massachusetts e Rhode Island, onde se espera que neve durante todo o dia em um ritmo de até 5 a 8 centímetros por hora.

Boston pode receber até 64 centímetros de neve, chegando perto do recorde de 69,85 centímetros estabelecido em fevereiro do 2003.

A bolsa de Nova York abriu como sempre. A Nasdaq, que opera a bolsa nova-iorquina, e a BATS Global Markets, bolsa do Kansas, também trabalhariam no horário normal nesta terça-feira.

Excesso de zelo

Em Nova York, houve quem se queixasse da agressividade dos alertas das autoridades, incluindo do governador, Andrew Cuomo, que pela primeira vez na história ordenou que o metrô, que funciona 24 horas por dia, fosse interrompido por causa de uma tempestade de neve. Autoridades com lembranças vívidas de desastres, como a supertempestade Sandy de 2012, defenderam suas ações.

“Eu preferia, se for para pender para algum lado, pender para a segurança, porque vi as consequências da outra opção, e as coisas ficam assustadoras muito rápido... tivemos pessoas que morreram em tempestades”, disse Cuomo aos repórteres. “Prefiro estar em uma situação na qual dizemos ‘tivemos sorte’”.

Christie, seu colega de Nova Jersey, mostrou-se menos confiante a respeito das previsões pessimistas que antecederam a tempestade.

“Não fiquei empolgado com a ligação que recebi às 5h30 da manhã, mas as coisas são assim”, declarou ao canal de televisão WTXF, da Filadélfia.

Parte da precipitação de neve mais pesada foi registrada em localidades de Connecticut e Massachusetts, onde nevou cerca de 50 centímetros nos arredores da cidade de Worcester, bem mais que os 15 centímetros vistos no Central Park, em Nova York.

Menos moradores e donos de negócios ficaram sem energia do que o previsto em Massachusetts, segundo o governador Baker, que acrescentou que as temperaturas bem abaixo do ponto de congelamento resultaram em neve suave. Mas os ventos fortes ainda podem gerar novas quedas de energia, alertou.

A sede da Organização das Nações Unidas (ONU) deu um dia de folga a seus funcionários nesta terça-feira, e a seleção dos jurados para o julgamento do acusado pelas bombas detonadas na maratona de Boston foi adiada até quinta-feira por conta da tempestade.

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